Cachapuz: Rigor e precisão made in Portugal

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Inovação tem sido a palavra de ordem na empresa de equipamentos de pesagem Cachapuz, que tem levado tecnologia de base portuguesa para o mercado internacional, o que representa mais de um terço do volume de negócios.

A completar 100 anos de história, enquanto fabricante de equipamentos para pesagem, a Cachapuz integra, desde 1997, o Grupo italiano Bilanciai, tendo a totalidade do capital sido adquirida em 2011. Ainda assim, a gestão da empresa é portuguesa e completamente autónoma. A Cachapuz continua a fabricar em Portugal todas as estruturas metálicas e é a única empresa do grupo que tem uma plataforma de software proprietária.

Ou seja, para além dos equipamentos, também desenvolve soluções tecnológicas que estão implementadas em várias partes do mundo e em clientes de dimensão e de referência internacional. É uma forma de levar tecnologia de base portuguesa para o mercado internacional. Estes produtos são concebidos e produzidos no Centro de Competências Tecnológicas que a empresa tem na sua sede, tendo por base tecnologia de ponta e uma equipa de engenheiros portugueses altamente especializados. É uma empresa portuguesa focada no mundo e no futuro, bem implantada na comunidade e com forte proximidade às várias instituições do país e da região onde está sediada.

«É claramente uma empresa reconhecida e bem aceite pela sociedade, com a qual interage através do seu programa de responsabilidade social», sublinha a CEO da Cachapuz, Graça Cunha Coelho. Os clientes valorizam a capacidade que a Cachapuz e os seus colaboradores têm para inovar e para oferecer, ao mercado, soluções e serviços de elevado valor, rigor, precisão e qualidade, sempre na senda do crescimento e de os servirem melhor. Além de reconhecerem o conhecimento e a experiência, os clientes dão sobretudo importância à postura e filosofia de trabalho, assentes em valores como confiança, credibilidade, proximidade e satisfação, ajustada às suas reais necessidades e aspirações.

«Trabalhamos em Portugal, somos portugueses e temos orgulho nisso, em sermos capazes de mudar, de transformar, de reinventar e de nos ajustarmos à mudança. Cada vez mais verificamos também que os nossos clientes valorizam o made in Portugal» comenta. Internacionalizar a empresa O processo de internacionalização da Cachapuz iniciou-se em 1950, para mercados de língua portuguesa, como Angola e Moçambique. O idioma, as relações comerciais, políticas e culturais entre os países e as necessidades e lacunas existentes, na altura, naquelas regiões, foram as principais razões para o investimento e o crescimento da empresa nessas regiões.

Hoje, a Cachapuz conta com uma ampla carteira de clientes em Portugal e no estrangeiro, estando presente em 15 países, na Europa, África, Ásia e América Latina (tendo prevista a entrada em mais quatro países). A Cachapuz conhece vários mercados, geografias, sectores, formas de estar e de actuar de outros países. «Têm sido, para nós, anos de aprendizagem, de partilha e de troca de conhecimentos e experiências com culturas que têm formas de trabalhar diferentes das nossas», confere a mesma responsável. E com o trabalho, dedicação, empenho, compromisso e entrega que a Cachapuz imprime nos seus projectos, acredita ser embaixadora do país que a viu nascer.

Com exportações a representar entre 30 e 40% do volume de negócios, a empresa é uma referência internacional no desenvolvimento e implementação de software e automação, nomeadamente na indústria do cimento, com o SLV Cement, que está presente em grandes fabricantes de cimento um pouco por todo o mundo. As Soluções SLV permitem automatizar e optimizar os processos logísticos ao nível da pesagem, em vários sectores, trazendo para os clientes ganhos acrescidos ao nível da produtividade, eficiência, rentabilidade e competitividade, garante Graça Cunha Coelho. Além do sector do cimento, a Cachapuz tem clientes nas áreas da construção, resíduos, agro-indústria, indústria transformadora do tomate, entre outras. Depois de implementadas as soluções, a Cachapuz assegura os serviços essenciais, como assistência técnica e comercial. Com um volume de negócios na ordem dos 4,5 milhões de euros, a empresa tem a perspectiva de crescer cerca de 5% este ano.

E se, actualmente, as vendas de pesagem representam ainda 70% do volume total de negó cios da Cachapuz, a verdade é que a percentagem tem vindo a diminuir nos últimos anos, evidenciando uma tendência para a aquisição de mais soluções de software que melhorem a eficiência dos seus processos logísticos que envolvam pesagem. No mercado nacional, a tendência é os clientes optarem por produtos de maior qualidade e cada vez mais tecnológicos. «O comprador utilizador é mais sensível à qualidade geral do equipamento e à sua funcionalidade enquanto o financeiro valoriza mais o investimento a realizar», descreve a CEO da Cachapuz. Já no mercado internacional, a marca Cachapuz e o seu histórico, bem como a existência da assistência local, são muitas vezes decisivos na opção de compra. Inegável é que a comunicação da Cachapuz foi, desde o início, um dos seus marcos e uma área em que sempre fez questão de investir com a convicção de que só uma boa estratégia de comunicação traz ganhos e ajuda a alavancar a notoriedade da imagem.

«Temos tido, ao longo dos anos, muita atenção na forma como nos apresentamos, não só a nível interno, onde também actuamos com uma estratégia estruturada, mas também lá fora, junto dos nossos clientes, parceiros e das comunidades. Estamos cientes de que é importante comunicar o que fazemos, as nossas actividades, as nossas parcerias e as acções de responsabilidade social com as quais nos envolvemos.

O negócio acaba por beneficiar desta nossa política activa de comunicação», assegura. As feiras são precisamente dos momentos em que a comunicação da empresa é posta à prova. Só que, na actual conjuntura imposta pela Covid-19, todas as feiras e certames foram cancelados ou adiados e, como tal, toda a presença em feiras ligadas aos sectores onde a Cachapuz actua, que sempre fizeram parte da sua estratégia, está a ser totalmente repensada. «Eram eventos que nos permitiam estar mais próximos dos nossos clientes e que nos ajudavam a perceber quais as suas necessidades e como os poderíamos ajudar», recorda. Neste momento, com o digital, estão a equacionar toda a sua presença e a procurar outras formas de comunicação que permitam continuar próximos dos clientes.

Inovar em tempos de incerteza

Num ano em que a Cachapuz comemora o seu centenário – e para o qual tinha preparado uma série de eventos, actividades e lançamentos que tiveram que ser reagendados e repensados – houve que perceber como se pode adaptar aos novos tempos. Um trabalho que tem vindo a ser feito pelo ecossistema de inovação interno de maneira a construir novas soluções que acrescentem mais valor aos clientes. «Temos uma atitude de algum inconformismo e tentamos sempre perceber como podemos fazer mais e melhor. Qualquer crise traz também muitas oportunidades, por isso, nesta altura, estamos muito focados nas oportunidades que estão a surgir nas várias indústrias», comenta Graça Cunha Coelho, revelando que criaram um grupo focado na inovação a curto prazo (3/12 meses) e outro focado em inovação disruptiva a 3/5 anos.

A inovação faz parte do ADN da Cachapuz e esteve sempre ao serviço dos processos, das pessoas e dos produtos, tendo como foco o crescimento e o futuro. Nesse sentido tem colaborado com vários projectos. É membro fundador do Colab DTX – Laboratório Colaborativo em Transformação Digital e parceiro do Cluster Nacional TICE.pt. Destaca-se ainda a sua integração na rede de PME Inovadoras da COTEC Portugal, tendo estado na génese do Pólo de Software do Minho.

E, desde meados dos anos 80, mantém uma relação de proximidade com a comunidade universitária, destacando-se a Universidade do Minho. O primeiro output desta proximidade foi, em 1985, com o lançamento da primeira balança e do primeiro terminal electrónico em Portugal. Desde então, participa em programas e iniciativas que fomentem a relação entre os dois mundos, mas também em projectos de investigação, como foi o caso do UH4SP, em 2018, que permitiu desenvolver novas tecnologias, possibilitando a entrada em novas geografias e em novos clientes.

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