Burger King elimina 100% dos conservantes e aposta em “Beleza real, sabor real”

São cada vez mais as tendências e iniciativas que reivindicam a beleza real (#bodypositive, #ItsOnUs # RealBeauty…). E a Burger King não quis ficar para trás num movimento que defende a beleza do autêntico e que se intensificou no último ano. Assim, a partir de hoje em Portugal, essa tendência chega também aos alimentos, pela mão do Burger King. A marca assume os códigos da beleza e cria um movimento a favor da comida imperfeita, a comida como ela é, e reivindica a sua beleza, que faz com que a comida seja 100% verdadeira e com o mesmo sabor de sempre.

A cadeia implementou um processo de transformação dos seus ingredientes preservando o sabor autêntico dos seus produtos em estreita colaboração com os 65 fornecedores dos mais de 160 ingredientes que compõem o menu. Cada produto que a marca desenvolve obedece já a esta política de ingredientes 100% limpos, que proíbe o uso de qualquer corante, conservante e aroma de origem artificial.

Para dar a conhecer esta meta, a marca estreia-se com comunicação nos eléctricos lisboetas, com a mensagem marcante ‘Beleza real, sabor real’, anunciando a conclusão do processo de eliminação de conservantes, corantes e aromas artificiais de todos os seus produtos em Portugal, com excepção das bebidas de terceiros, e criou um movimento a favor da “nova” autenticidade dos alimentos.

A campanha foi idealizada pela agência La Despensa e foca-se na ideia de que a qualidade de um produto não deve basear-se no seu aspecto, mas sim no seu sabor, qualidade e confecção. Sob o claim “Beleza real, sabor real”, a campanha incluirá peças de outdoor espalhadas por todo o País, exemplificando através dos seus produtos com comparações muito simples que ajudarão a perceber que rugas, cores e curvas contribuem para a autenticidade. Também vai marcar presença em imprensa diária com inserções no Público e no Jornal de Noticias. A iniciativa estender-se-á ao digital, branded content e activação com influenciadores.

A marca criou um filtro com o nome “Beleza Real” para reivindicar imperfeições e autenticidade (nas pessoas e nos alimentos). Um filtro que não faz absolutamente nada. “Sim, Sim. NADA. Nem os olhos maiores, nem a pele mais lisa, nem o rosto mais fino. Beleza real. Porque o que já é bonito não precisa de filtros”, explica a marca.

Acompanhe a conversa de contextualização desta campanha com Jorge Carvalho, director-geral da Burger King para Portugal e Espanha.

Jorge Carvalho

Qual a mensagem que querem passar com a campanha que arranca hoje?

A campanha já arrancou em Espanha na semana passada. Agora arrancamos em Portugal com o “Feel Good about the food”. Em bom português, queremos que todos os nossos clientes se sintam bem com aquilo que comem nos nossos restaurantes. Basicamente esse é o mote e é aquilo que sentimos e que sai do fundo do nosso coração. É o voltar às origens e que os nossos clientes percebam que na Burger King encontram realmente comida de qualidade.

No passado o nosso foco era muito nos nossos hambúrgueres de qualidade grelhados na chama – e isso continua a ser verdade e é sempre relevante referir -, mas agora completamos o círculo já que não só a carne é grelhada na chama, mas todos os ingredientes estão 100% limpos no que toca a aromas artificiais, conservantes e corantes. Este é um marco bastante importante para a marca.

Porque ainda continua a haver muito o estigma de que as cadeias de fast-food são pouco naturais…

Existe um pouco esse preconceito. Por isso é que é tão importante dar este passo. E temos todo o orgulho em ser os primeiros a comunicá-lo e a assumir este marco importante de limpar todos os nossos produtos, como disse, de aromas artificiais, corantes e conservantes e tudo aquilo que não representa comida de verdade. É um passo muito importante.

Estamos há quase três anos a trabalhar intensamente com todos os nossos fornecedores. Temos mais de 160 ingredientes no nosso menu. É um menu bastante extenso com ingredientes de mais de 65 fornecedores. É muita gente para trabalhar de forma articulada e estamos muito agradecidos aos nossos fornecedores porque foi um trabalho hercúleo de todos, mas com essa visão muito clara de que rapidamente queríamos aqui chegar.

Cada vez mais os nossos clientes estão preocupados com aquilo que comem. Para nós era fundamental transmitir essa mensagem de tranquilidade para que todos disfrutem (sem qualquer tipo de problema e de preocupação) de ir ao Burger King e comer o melhor hambúrguer do mercado, grelhado na chama e sem qualquer problema com o que estão a comer. Achámos que era este o momento.

No início de 2020, cerca de 95% do nosso menu já estava limpo, ou seja, já não tinha conservantes e aromas artificiais de nenhum tipo. Em 2020 estava praticamente tudo limpo. E na realidade os nossos clientes não perceberam qualquer alteração de sabor. Aquilo que para nós é absolutamente essencial – e que era fundamental não perder – é a qualidade e o sabor. São muitos ingredientes e era um desafio grande que o nosso sabor – que os clientes reconhecem e valorizam – não fosse afectado. Há mais de um ano que atestamos isso, visto que 95% do menu limpo está disponível há já vários meses. Os clientes não perceberam as alterações no menu. Aliás, temos estado a crescer de forma muito acelerada e os clientes vistam-nos cada vez mais.

O cliente está, de facto, cada vez mais preocupado com aquilo que come. Mesmo quando vai a uma cadeia de fast-food quer comer o mais saudável que for possível…

Essa é uma preocupação clara da Burger King. Estamos sempre atentos àquilo que os clientes nos transmitem e tentamos responder a todas as suas inquietudes. É, aliás, esse ouvir constante que também nos motiva a desenvolver aquilo que consideramos ser uma das nossas costelas mais importantes que é a inovação. Em 2020 lançámos pela primeira vez a categoria gourmet na Burger King com o nosso King Selection. Em Portugal era uma solicitação dos clientes, também como em Espanha. Há uma procura por mais qualidade, mais premium. O mercado português valoriza esta qualidade do produto.

Nos últimos dois anos fomos pioneiros em lançar a categoria vegetal com o nosso Rebel Whopper que foi outro sucesso em Portugal. Entretanto já lançámos também os nuggets vegetais com um grau de acolhimento excepcional em Portugal. Toda esta categoria vegetal pode ser associada as estas novas tendências para as quais os consumidores estão muito despertos e curiosos (para testar coisas novas e perceber se sabe mesmo a carne). Vamos continuar a ter aqui muita inovação. Teremos muitas novidades no futuro não só na parte vegetal, mas também neste segmento gourmet que continuaremos a desenvolver. A procura constante de responder às petições dos nossos clientes é uma preocupação da Burger King.

A campanha arranca hoje. Em que meios será possível vê-la?

Teremos um circuito em Lisboa nos eléctricos e no Porto no Metro. Estaremos também em imprensa diária de grande tiragem no Jornal de Negócios e no Público. Apresentaremos o nosso manifesto quanto a esta nossa dinâmica em que os clientes se sintam bem com a comida que comem no Burger King. Temos uma presença bastante interessante e tentaremos chegar a todos nos grandes mercados.

Há fornecedores portugueses na Burger King?

Sim. Toda a parte de vegetais, a alface, o tomate, a cebola. Todos os dias são entregues e cortados nos restaurantes. Faz parte da identidade da marca e confere este regresso às origens que fica bem patente no nosso novo logo. Transmite segurança aos clientes e, mais do que isso, que comem comida de verdade, com sabor e que esse sabor se mantem fiel às origens da marca. Temos também o pão, da Bimbo, que é fabricado em Portugal.

Há um esforço cada vez maior para que tenhamos ingredientes locais naquela que é uma marca global.

A procura de marcas com produtos locais é outra das tendências, até pelas questões da pegada carbónica…

Há aqui um esforço e um compromisso. Na Burger King temos tido essa preocupação. Vimos aspectos da globalização que não são propriamente os mais positivos com esta pandemia. Aqui o aspecto mais importante é que o caminho em direcção à sustentabilidade e estar mais próximo permite também a agilidade de reacção. Vamos muito rápido e queremos abrir 60 restaurantes nos próximos dois anos em Portugal. Querer ter esta velocidade implica ter os parceiros locais que nos ajudem a assegurar. Quando estamos a falar do Burger King não falamos só do produto. É preciso ter toda a estrutura. As próprias empresas de construção são locais e portuguesas, os técnicos, os gabinetes de arquitectura. Ou seja, toda a gente que faz parte desta máquina em crescimento acaba por ser muita gente local e isso faz toda a diferença.

Como é que a campanha está a ser recebida em Espanha visto que já arrancou na semana passada?

As primeiras reacções – temos uma lona espectacular e gigante no bairro das Belas Artes – têm sido óptimas com pessoas a tirar fotos à campanha. E o feedback no meu Linkedin e por telefonemas tem sido a dar-nos os parabéns pela coragem de empreender este caminho e de o comunicar. Também por parte dos fornecedores que percebem o difícil que é fazer esta transição.

Vou-lhe dar um exemplo. A Bimbo dizia-me que até nem era assim tão difícil a parte dos aromas artificiais, mas que a parte dos conservantes é que era difícil. Trabalhamos com pão fresco e isso trouxe desafios para toda a cadeia. Não apenas para o fornecedor, mas para os próprios restaurantes que têm de prever melhor as vendas, que têm de estar muito mais ajustados em termos de tempos de pedidos e de entregas aos clientes. Temos caducidades muito curtas e isso garante, por um lado, que os clientes se sintam bem, mas exige do nosso lado um esforço tremendo em cumprir com todas as regras.

O feedback foi muito bom, recebendo os parabéns por coordenar esta gente toda que, repito, são mais de 65 fornecedores e 160 ingredientes. Disseram ainda que esperavam que toda a indústria de quick service restaurante seguisse o nosso exemplo. Isso para nós é claramente positivo. Esperamos ser um exemplo para o sector e que o sector comece a empreender este caminho.

Texto de Maria João Lima

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