“Brushing”, “home staging” ou “dumbphone”: Os novos termos que refletem tendências no mercado

Em 2024, os consumidores espanhóis familiarizaram-se com novos termos que refletem tendências emergentes no mercado. Mas que termos são estes e o que significam? O “home staging” destaca-se como uma técnica de marketing imobiliário que visa acelerar a venda de imóveis e aumentar o seu valor através de melhorias na decoração e apresentação. Os especialistas indicam que pode elevar o preço de uma propriedade em até 20%.

Por outro lado, o “brushing” é um esquema fraudulento que ocorre principalmente em plataformas de e-commerce, como Amazon, AliExpress ou outras semelhantes. Nele, vendedores ou empresas enviam pacotes não solicitados para endereços de consumidores reais. Este envio, aparentemente inocente, tem um propósito claro: criar avaliações falsas para os seus produtos.

A lógica por trás do esquema é simples. Ao realizar a entrega de um produto, os vendedores podem registar a transação como legítima na plataforma e, em seguida, publicar uma avaliação positiva associada à compra. Como resultado, os produtos sobem no ranking da plataforma, ganham maior visibilidade e aparentam ser de alta qualidade. Na realidade, muitos destes produtos podem não ter sido comprados por consumidores reais. A Organização de Consumidores e Usuários (OCU) alerta que este fenómeno pode levar ao uso não autorizado de dados pessoais e cartões de crédito.

Entre as tendências tecnológicas estão ainda os “dumbphones” – telemóveis básicos que permitem apenas chamadas e mensagens de texto – que estão a tornar-se populares, especialmente entre a Geração Z. Estes dispositivos, que não oferecem acesso à internet ou redes sociais, são procurados por aqueles que pretendem reduzir a dependência digital e prevenir problemas de saúde mental. Além disso, destacam-se pela durabilidade, longa duração da bateria e preços acessíveis, frequentemente abaixo de 30 euros.

Outro conceito em foco é o IRPH (Índice de Referência de Empréstimos Hipotecários), que voltou ao debate público após o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerar que pode ser classificado como abusivo. Esta decisão oferece esperança a muitos titulares de hipotecas que procuram condições mais justas nos seus contratos.

Estes termos refletem as preocupações e interesses dos consumidores em 2024, evidenciando uma maior consciência sobre práticas de mercado, segurança digital e bem-estar pessoal.

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