Branco mais branco? Tinta criada por artista britânico chega ao mercado

Depois do rosa mais rosa, do amarelo mais amarelo e do verde mais verde, chega o branco mais branco. O artista plástico Stuart Semple é o autor de todos estes pigmentos e de mais alguns, numa missão de democratizar o acesso à matéria-prima.

“White 2.0” é o nome da mais recente criação e trata-se de uma tinta acrílica constituída por pigmentos de alta qualidade, branqueadores ópticos e com efeito matte, reflectindo 99,98% da luz – mais do que os 98,1% da tinta “mais branca” da Universidade de Purdue (estado do Indiana, EUA), fabricada para o arrefecimento de edifícios. «Embora os ‘super brancos’ estejam disponíveis, são caros e não são acessíveis para todos os artistas», salienta Stuart Semple, citado pelo site DesignTaxi. Para resolver o problema, o artista disponibiliza um recipiente de 150ml por 28 dólares (24,80 euros).

Desenvolvido ao longo de vários anos pelo artista britânico, o “branco mais branco”, ainda em fase de testes, foi entregue a dois mil artistas que o testaram durante o confinamento. Após receber feedback, Stuart Semple e uma equipa de cientistas voltaram ao trabalho e criaram uma tinta híbrida com todas as características que os artistas queriam ver no “branco mais branco” que existe, chegando ao resultado final dois anos depois.

Em declarações à revista Dezeen, Stuart Semple revela que esta tinta foi inspirada, principalmente, no escaravelho-tigre-branco, mas também na «luminescência presente em plantas e em brancos naturais que reflectem em todo o espectro visível». Em simultâneo, foi observada também a luz difundida por materiais feitos pelos humanos, como as tintas usadas no século XV por artistas como Caravaggio.

«É mesmo o branco mais claro que já vi. Não podia acreditar quando chegaram os resultados do laboratório que comprovavam que era 50% mais luminoso que qualquer outro», diz Stuart Semple.

 

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