BMW X7: É tudo em grande
Altura, comprimento, largura… é tudo grande no X7 da BMW. Mas também o é o nível de conforto, equipamento, acabamentos, espaço e, claro, preço. O que é impossível é ficar indiferente
Texto de M.ª João Vieira Pinto
É dos maiores, de sempre, da BMW. E não é só em tamanho. Claro que esse é atributo que sobressai, logo à partida. O X7 é alto, com dimensão superior a outras marcas do mesmo segmento, e largo. Mas quem entra, percebe que para este modelo não se fecharam os cordões à bolsa. No interior há espaço, conforto, materiais de qualidade, luxo que se destaca em pequenos luxos e um sem-número de pormenores para descobrir que, em dois dias de experiência, não conseguimos ver ou perceber como o mereciam. Claro que o preço também não é pequeno. Mas não se pode ter tudo… O que é verdade é que, goste-se ou não, é impossível ficar indiferente à passagem do X7 e foram várias as cabeças que se viraram…
Vamos lá então começar pelo início: o BMW X7 só tem 5,15 m de comprimento, 2 m de largura e 1,85 m de altura. É muito? Pois é, mas permite-lhe levar até seis pessoas. Sim, seis e não sete porque os bancos traseiros não são contíguos, tendo os designers da marca optado por duas poltronas que qualquer um dos passageiros pode adaptar à viagem e a si. Mais ou menos inclinadas, com maior ou menos espaço para as pernas. E os restantes dois bancos suplentes “escondem-se “no porta-bagagens, com este a ganhar espaço, ou montam-se com um simples toque de botão. Aliás, no X7, também impressionam as próprias soluções eléctricas e electrónicas, como o sistema de rebater as poltronas traseiras para que se possa passar com toda a facilidade para a parte mais atrás do veículo. Quando está com a sua lotação máxima, o porta-bagagens parece ficar “ridiculamente” pequeno. Mas são vários os fundos falsos e compartimentos que permitem acomodar facilmente duas malas, compensando a redução desse mesmo espaço. E que se montam, desmontam e encaixam com a facilidade de não se precisar do livro de instruções!
Quando nos sentámos ao volante do BMX X7 M50d, sentimo-nos pequenos… e, no que a mim me toca, receei por segundos ter dificuldade em sair da garagem do parque de imprensa da marca. Só que o nível de assistência é tal que, em segundos, tudo passa. E apesar de sabermos que jamais compraríamos um modelo como este – pelo tamanho e preço: começa nos 112 mil e o que conduzimos chega aos 173.800 euros – começámos a confirmar alguns detalhes que fazem a diferença. Todo o interior é forrado a pele, há controlo de temperatura de quatro zonas, o tecto é panorâmico em vidro e com possibilidade de abertura, os bancos aquecidos, e – sim, sou mulher e gosto de mimo – há não duas ou três mas várias possibilidades de massagem (costas, lombar, pescoço…). Assim não há viagem longa que custe fazer. Até porque o conforto é superior e o nível de insonorização elevado.
Depois, claro, tem vários sistemas de ajuda à condução, como o cruise control adaptativo com função Stop & Go, protecção contra colisão, avisos de mudança de faixa, assistente de estacionamento com câmaras…
Experimentámos a versão diesel M50d que em auto-estrada parece voar, apesar das dimensões e peso. Claro que não consome pouco, mas também não exagera e há concorrentes com pior desempenho… Já o ter que pagar classe 2 nas portagens é que sabe menos bem!!
Se é uma grande experiência? Sem dúvida!