Bens essenciais representam metade das compras em loja dos portugueses

Os portugueses continuam a despender mais dinheiro com bens essenciais do que faziam no período pré-COVID. Na primeira quinzena de Novembro, este tipo de bens – artigos comprados em super e hipermercados e na pequena distribuição alimentar, assim como em farmácias e parafarmácias – tiveram um peso de 49% no número total de compras físicas dos consumidores, um aumento de 5 pontos percentuais face a Janeiro e Fevereiro, de acordo com um estudo da SIBS.

Segundo os dados do SIBS Analytics, que pretende analisar o consumo em função da evolução da pandemia e das medidas restritivas do Governo, depois de uma ligeira recuperação nos níveis de consumo em Portugal nos meses de Verão e em Outubro, esta primeira quinzena de Novembro voltou a registar uma quebra (-12%) nas compras físicas na rede Multibanco, face ao período homólogo de 2019. «Apesar de, em Maio e Junho, a quebra ter sido acima de 20%, iniciou-se uma recuperação lenta mas contínua que, em Outubro, quase permitiu atingir o mesmo número de compras físicas registadas em 2019. Em Novembro, com o regresso de medidas restritivas, a quebra voltou a ultrapassar os 10%», sublinha a SIBS.

Já as compras online registaram um crescimento homólogo de 32%, em linha com a tendência verificada ao longo do ano, tendo sido «menos afectadas» pelas novas medidas restritivas. No canal digital, os sectores da cultura, entretenimento e subscrições, comércio alimentar e retalho, e restauração, food delivery e take away representaram 40% das compras dos portugueses nos primeiros 15 dias do mês. O valor médio das compras no período em análise foi de 36,2 euros em loja e de 34,4 euros no online.

A SIBS destaca ainda que o crescimento do serviço MB Way: nos primeiros dias do mês de Novembro, o aumento da utilização do serviço face a 2019 situou-se acima dos 300%.

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