Bem-estar emocional é prioridade para quase metade dos consumidores nacionais
Para quase metade dos consumidores nacionais (45,1%), a principal prioridade na sua vida é o bem-estar emocional. As conclusões são do estudo “Center for Consumer Well-Being and Retail Inovation”, desenvolvido pela Católica Lisbon School of Business & Economics, que revela também uma importância do bem-estar físico para 21,7% dos inquiridos.
O estudo avaliou os níveis de bem-estar, hábitos de consumo e percepções sobre as lojas de retalho e roupa na sociedade portuguesa, chegando à conclusão de que para 8,8% dos consumidores é prioritária a dimensão financeira, seguindo-se a profissional (7,3%), depois a intelectual (6,8%), espiritual (6,3%), social (3,2) e ambiental (0,9%).
No que diz respeito ao investimento em bem-estar, o inquérito demonstra que cerca de 40% dos consumidores está disponível para investir entre 10% e 30% do seu rendimento, enquanto 34,9% dos consumidores está apenas disponível para investir até 10%. Já 23,5% dos consumidores está disposto a investir mais de 30% do seu rendimento em bem-estar.
«É essencial existir um equilíbrio entre as dimensões prioritárias de bem-estar para a qualidade de vida de cada um de nós. Os resultados do estudo mostram que este é um tema que tem demonstrado ser prioritário para os portugueses, dispostos a melhorar e investir na melhoria da sua qualidade de vida em todas as suas vertentes e dimensões», comenta, em comunicado, Maria Estarreja, directora executiva do CORE – Center for Consumer Well-being and Retail Inovation da Católica Lisbon School of Business & Economics.
Relativamente às percepções das lojas de retalho, o estudo mostra que 71,5% dos consumidores valoriza a sustentabilidade destas e as promoções personalizadas, 60,7% aponta à digitalização e 54,3% à possibilidade de aceder facilmente ao serviço de Click & Collect. Por outro lado, 56% dos consumidores não valoriza a possibilidade de adquirir produtos seleccionados/confeccionados por chefs de renome.
Quanto às expectativas futuras, é revelado que os consumidores esperam que as lojas de retalho ofereçam produtos com maior qualidade (75,6%), mais promoções (63,3%), mais diversidade (60,6%), uma compra mais facilitada e conveniente (61,2%) e que as marcas assegurem uma produção sustentável (59,1%). Nesta última vertente, os dados reflectem uma predisposição dos consumidores em pagarem mais por produtos sustentáveis, nomeadamente alimentares (mais 19,7% sobre o preço), electrodomésticos (mais 17,4%) e produtos/serviços de turismo, restauração e lazer (mais 16,8%).
Além das lojas de retalho, os consumidores deixam antever ainda as suas expectativas futuras em relação às lojas de roupa: 53,4% espera que estas ofereçam mais informação sobre os produtos, materiais e as suas origens; 51,1% espera adquirir produtos através de QR codes ou outras tecnologias; e 50% espera poder adquirir produtos numa mistura entre online e loja física.