Associação de Técnicos de Eventos marca protesto para 30 de Junho
A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) anuncia hoje que irá levar a cabo uma nova acção de protesto ainda este mês, em Lisboa. No dia 30 de Junho, os profissionais de um dos sectores mais afectados pela pandemia de Covid-19 voltam a sair à rua para se manifestarem contra as medidas definidas pelo Governo e pela Direcção-Geral de Saúde em relação aos eventos.
«Depois de todos, na cultura e eventos, empresas e trabalhadores, terem tido um verdadeiro annus horribilis em 2020, tínhamos a leve esperança e, sobretudo, a extrema necessidade de que 2021 trouxesse bons ventos e mais trabalho. No entanto, as nossas autoridades continuam a tomar medidas inexplicáveis quase como se não entendessem a emergência pela qual estamos a passar», afirma Pedro Magalhães, presidente da APSTE.
O responsável questiona também como é que o Governo é capaz de determinar a obrigatoriedade de testes à Covid-19 para os diferentes tipos de eventos sem assumir as despesas inerentes. «A ideia é que sejam os organizadores a assumir este custo? Depois de mais de um ano sem trabalhar? Ou é imputar os mesmos aos consumidores? Criando ainda mais obstáculos para que voltem a participar em eventos?»
Embora entenda que sejam necessárias precauções, Pedro Magalhães garante ser «muito irresponsável lançar-se uma bomba destas sem medir ou até assumir as consequências».
Resultados dos eventos-pilotos
O tratamento dos dados referentes aos eventos-piloto realizados em Abril e Maio também levanta dúvidas junto da APSTE. Segundo a DGS, os resultados estão demorados, com implicações para a indústria.
Pedro Magalhães lembra que estes eventos foram uma iniciativa das associações, empresas e trabalhadores dos setores da cultura e eventos e que às autoridades nacionais coube apenas a responsabilidade de rastrear e dar um parecer sobre a viabilidade dos mesmos.
«Agora, a menos de uma semana de se iniciar o Verão, temos conhecimento de que o processo de tratamento dos dados está atrasado e nem sequer se conhece uma data para a apresentação destas conclusões. O que podemos dizer em relação a isto? Repito: ou não entendem o drama que estamos a viver ou a incompetência é muita e têm de se apurar responsabilidades», acrescenta o presidente da associação.