«Aquilo que era um deserto passou a ser um palco»

NazaréUma onda com mais de 30 metros colocou a Nazaré no mapa mundial do surf de ondas grandes. Mas a autarquia quer mais e, entre alguns planos, está a construção de um centro de interpretação de ondas grandes e um centro de treinos de resgate em situações adversas.

Texto M.ª João Lima e M.ª João Vieira Pinto

Fotografia Paulo Alexandrino

Em Janeiro, Garrett McNamara colocou a Nazaré nas primeiras páginas de jornais de todo o mundo ao surfar uma onda de 34 metros. Com isso, ultrapassou o recorde anterior, também seu, e que tinha igualmente conseguido na Praia do Norte, em Novembro de 2011, com uma onda certificada em 30 metros.

Garrett McNamara não veio à Nazaré por acaso ou por ter ouvido falar das suas ondas. Por trás está todo um trabalho estratégico de promoção, construção de notoriedade e alavancagem do destino a nível mundial, que começou a ser trabalhado ainda em 2006. E que agora, sim, começa a colher resultados.

Mas são mais vastos ainda os planos da Câmara presidida por Jorge Barroso, e da empresa municipal Nazaré Qualifica, dirigida por Miguel Sousinha. Depois de terem conseguido a parceria da Zon para a elaboração de um documentário protagonizado por Garrett McNamara e difundido em vários países – um dos pilares de todo o projecto North Canyon -, os responsáveis sabem que não podem ficar por aqui. Que não podem ficar à mercê das ondas! Em cima da mesa está, por isso, um conjunto de planos que começam agora a ganhar algum fôlego.

«Queremos constituir aqui um centro de interpretação de ondas grandes para perceber e explicar por que é que isto acontece. Queremos criar um centro de treinos de resgate internacional, o primeiro de resgate em situação completamente adversa», explica Miguel Sousinha, presidente da Nazaré Qualifica, numa entrevista conjunta com Jorge Barroso, presidente da Câmara da Nazaré.

O projecto para colocar a Nazaré no mapa mundial de destinos de surf começou a ser mais visível há dois anos. Como é que surge?

Miguel Sousinha: O projecto nasce por vontade de um surfista local. Conhecedor da espectacularidade destas ondas, entendeu que tínhamos que trazer cá alguém que fizesse a prescrição da onda. Isto aconteceu em 2006 e foi quando fizemos o primeiro convite ao Garrett McNamara, uma pessoa que era já uma referência mundial em ondas grandes. Já então, o que pretendíamos era dar a conhecer o spot Nazaré.

Em 2010, quando integro a agência municipal é-me apresentado o projecto, tendo já havido contactos anteriores com o Garrett.

Desde o início que teve como objectivo promover a Nazaré a uma escala alargada!

Miguel Sousinha: Tínhamos objectivos muito bem delineados. Primeiro, certificar que aquelas ondas eram surfáveis e conseguir notoriedade para este spot de ondas grandes. Para isso, o único meio seria a prescrição. Não estávamos a contar com a dimensão conseguida. O projecto nasce desta forma e foi assim que o fomos vender à Zon, pedindo apoio para um documentário.

Não foi pouco ambicioso? Não era vendável a outras marcas?

Miguel Sousinha: Em 2010, quando nada existia, o projecto foi muito bem vendido. Hoje já começa a ser fácil, mas em 2010 foi difícil. Primeiro, porque não era um surf que habitualmente se praticasse em Portugal, não havia muitos surfistas, não tínhamos notoriedade enquanto destino de surf, nem para vender este tipo de produto… Foi uma aposta da Zon e uma porta de entrada.

Em 2010 conseguimos fazer o primeiro documentário já com o Garrett e mais três surfistas convidados por ele. Mas ainda sem grande publicidade. No segundo ano ainda tivemos algumas dificuldades com parcerias. Não foi fácil começar um trabalho desta dimensão, não pelos custos associados, mas porque não podíamos assegurar às marcas o seu potencial de notoriedade.

Tínhamos duas vertentes, uma mais desportiva e outra de notoriedade, que se iria conseguir a nível internacional com a difusão de algumas notícias e com os documentários.

Essa dificuldade advinha só da Nazaré não ser reconhecida como destino de surf?

Miguel Sousinha: A Nazaré não era um destino de surf e este segmento das ondas grandes não é muito generalizado. Por isso é que tínhamos que ir buscar uma pessoa como o Garrett…

… quanto tempo demorou a convencê-lo?

Miguel Sousinha: A convencê-lo foi rápido. Quando teve disponibilidade, quis vir ver, quis vir sentir. Ele tem um objectivo que é surfar a onda dos 100 pés (equivalente a 30 metros) e achava que aqui era possível. No primeiro ano veio estudar não só as ondas, como as correntes, os ventos, e hoje consegue prever com facilidade as condições perfeitas para uma boa onda. E, hoje, sai de Honolulu num dia para estar cá dois dias depois. Como já tem todo um conjunto de informação, é-lhe mais fácil conseguir prever.

Jorge Barroso: Quando se fala no Garrett estamos a falar de uma pessoa que consegue conciliar uma grande dose de arrojo com conhecimento e persistência. Não esqueço o dia em que andámos a tarde inteira num barco – depois de ter estado no Instituto Hidrográfico, onde lhe foram explicadas as correntes, influência do vento, etc. – para ele ver as profundidades, no local. E, depois, quis ir ao fundo, mergulhar.

A Nazaré poderá agora começar a ganhar o seu espaço enquanto destino desta prática?

Jorge Barroso: Tudo começa com Nazaré enquanto destino de bodyboard. E é com isso que se começa a perceber o potencial destas ondas. Ondas grandes é na Nazaré e em mais três ou quatro lugares do mundo. Mas também temos as outras ondas, o que não temos é a visibilidade que outras praias têm. Como é que vamos conciliar isto e o que é que se pretende com este projecto? Temos a ideia de criar um centro de formação, resgate e salvamento em condições adversas e o de formação para ondas grandes – são duas propostas que podem dar grande sustentabilidade ao resto.

A grande questão que se coloca à Nazaré é onde é que aproveita as ondas grandes e onde aproveita as outras ondas, ditas normais. Depois, como é que a região conjuga esforços no sentido de criar aqui condições para uma promoção mais alargada. E, depois ainda, a nível nacional…

Tem resposta para todas essas perguntas?

Jorge Barroso: Há um caminho a percorrer. Para já, temos que aproveitar o facto de estarmos na crista da onda. Não podemos estar à espera que haja recordes todos os anos. Temos que sair da área do recorde e focar no que é importante, ou seja, perceber o que a Nazaré e a região podem ganhar com este surf. E já estamos a aproveitar. Cada vez que há ondas há um aumento de pessoas que vêm cá, há muito potencial a explorar.

Mas o que é que está a ser feito para desenvolver o local, para o preparar para receber estes novos turistas?

Jorge Barroso: Temos o centro de alto rendimento de surf para receber os desportistas. E para os turistas terão que ser os agentes económicos a trabalhar. Não é a Câmara nem a empresa Nazaré Qualifica. Nós já fizemos o nosso trabalho, que foi colocar o nome da Nazaré no mundo inteiro. Agora, têm que ser os agentes económicos a perceber de que forma se consegue uma melhor resposta. Refiro-me à hotelaria, à restauração…

Será um trabalho de sensibilização?

Miguel Sousinha: É muito mais que isso. Há três grandes projectos dentro do próprio projecto North Canyon. A área desportiva irá ser complementada e é a que tem mais visibilidade – a que traz o Garrett e outros grandes surfistas à Nazaré; depois há a área cultural, em que queremos constituir aqui um centro de interpretação de ondas grandes para perceber e explicar por que é que isto acontece. Estamos com parceiros a tentar as melhores localizações para instalar este centro. Por último, queremos criar um centro de treinos de resgate internacional, o primeiro de resgate em situação completamente adversa. Serão três projectos que andarão em diferentes ritmos.

O objectivo é conseguir criar, com os próprios agentes económicos locais, condições para que isto seja também um negócio, uma oportunidade. Seja ao nível de aluguer de motos de água, de casas, de procura de restaurantes… O que nós queríamos era colocar a Nazaré como um spot de ondas grandes…

… e isso já conseguiram!

Miguel Sousinha: Ainda não.

Jorge Barroso: É preciso saber, por exemplo, que aquelas motos de água que entram na praia do Norte em condições adversas não têm licença para andar lá. E isto tem que se saber e tem que se alterar. Porque, senão, não vale a pena apregoar a Economia do Mar. Este é um grande desafio também para Portugal. Há alterações significativas a fazer, também do ponto de vista legislativo.

E este é um desafio que não se coloca só à Câmara da Nazaré.

Que impacto teve até agora?

Jorge Barroso: A Nazaré tem oito mil habitantes. Temos infra-estruturas para receber 80 a 100 mil pessoas. Dificilmente o surf trará durante três meses seguidos 80 mil pessoas, que é o que estamos preparados para receber. Pode é trazer mais gente num período que não é o tradicional de sol e mar, a época alta. E já está a trazer.

Mas quantas pessoas a mais está a trazer e qual o impacto económico fora da época alta?

Miguel Sousinha: Temos que ter consciência que todos os números de que falamos são senso comum. Nós não temos métricas. Estes números conseguem-se através da conversa com empresários e aferindo o que eles têm sentido entre Dezembro de 2011 até Janeiro de 2013. É a partir de Maio com o Billabong XXL que é projectada a certificação da maior onda do mundo e é a partir daí que uma série de notícias surge nos órgãos de comunicação social mundiais. Em Janeiro deste ano houve uma segunda projecção. Mas não se pode dizer que, directamente, trouxe mais 100 suecos ou 50 dinamarqueses.

Tem uma estimativa de crescimento?

Miguel Sousinha: Em termos de hotelaria os números apontam para um crescimento no último ano entre 2 e 3%. Não é uma área que tenha um retorno imediato. Ao nível da restauração, nota-se perfeitamente um aumento de alguma dimensão, especialmente quando temos cá o Garrett a surfar. Ao nível do comércio não temos métricas com as quais consigamos retirar esses valores. Trazer, ficar e repetir são os objectivos para o futuro.

E já há uma noção de quais os principais países emissores de visitantes e desportistas?

Miguel Sousinha: Em primeiro lugar, estão os mercados tradicionais: Espanha e Portugal. Começamos a ter alguma ênfase nos mercados francês, belga e alemão, onde há muitos praticantes de surf. Começam também a chegar da Irlanda por efeito da projecção que tivemos (passou na CNN) no primeiro ano com a dupla que esteve cá, Andrew Cotton e Al Mennie.

Jorge Barroso: Aquilo que era um deserto passou a ser um palco. Vem gente ver os artistas e vem gente ver o palco. O muito não é quantificável em termos fiáveis. Há uma coisa que é inegável. A Nazaré de Portugal passou a ter uma notoriedade que até aqui não tinha. Se bem que a Nazaré já era por si uma marca…

Mas era outro tipo de marca!

Jorge Barroso: Era. E já era o mar. Era o mar para o pescador ou para o sol e praia. Nesta altura passámos já por várias evoluções.

Não vai apagar a outra marca “Nazaré”…

Jorge Barroso: Temos que potenciar as duas marcas, que continuar a trabalhar as duas. Aliás, os documentários estão muito bem feitos porque dão enfoque ao mar, à pesca, à vida, ao quotidiano, às pessoas. E, pelo meio, aparece a onda.

Entre uma onda e outra não tem faltado uma maior comunicação?

Jorge Barroso: Nos momentos das ondas temos picos de comunicação que geralmente só se obtêm com grandes desgraças. Quando um acontecimento abre todos os noticiários, as primeiras páginas de jornais, regra geral é por maus motivos. Seria impensável conseguir manter um pico de notícias semelhante a esse. Não é fácil alimentar essa comunicação.

Pode alimentar com outros momentos…

Miguel Sousinha: A comunicação deste ano está mais estruturada do que a de anos anteriores.

Entre Novembro de 2011 e Janeiro de 2013, pelo que é monitorizado por nós, tivemos picos de notoriedade durante praticamente todo o ano: Novembro de 2011, Abril/Maio de 2012, Outubro/ Novembro de 2012 e Janeiro de 2013. Este ano, além do pico que conseguimos em Janeiro, vamos ter um momento forte em Fevereiro/Março e que culminará com a saída dos 60 minutos em Março. A apresentação do programa já está a passar em quase todas as televisões para ser exibido no final de Março. O Billabong XXL terá, em Maio, 20 ondas da Nazaré a concurso, com vários surfistas, o que dará certamente mais um pico de notoriedade.

Temos eventos de bodyboard e de surf mais ou menos de dois em dois anos. O Small Special Edition realizou-se em Janeiro de 2012 e deverá realizar-se em Janeiro de 2014. No intermédio estamos a negociar a parceria com o Red Bull Mito.

É expectável que ainda se realize este ano?

Miguel Sousinha: É possível. Depende dos parceiros. Mas continuaremos a ter o projecto North Canyon – o documentário que estamos a desenvolver com a Zon, que é uma parceria para trazermos outros desportistas a convite do Garrett: o Garrett & Friends.

Isto não é propriamente um produto que sai da fábrica e está feito. É uma situação não controlável. Como se gere?

Jorge Barroso: Sim, não é controlável. Imagine que no próximo ano temos tudo, estamos todos à espera de grandes ondas e não há nada. Por que é que queremos os centros de interpretação das ondas grandes, um campo de treinos para resgates e salvamentos, um campo de formação de desportistas em ondas grandes? Porque, ao mesmo tempo que divulgamos a modalidade, estamos a dar sustentabilidade ao projecto.

No total, qual será o investimento?

Jorge Barroso: O engraçado é que o grande investimento, que é o campo de treinos, já está feito. É o mar. Para tudo o resto, do ponto de vista público, o investimento é residual.

São só cinco mil euros de litros de gasolina.

Miguel Sousinha: Nos três anos, o projecto teve um investimento aproximado de meio milhão de euros. A Câmara terá investido entre 20 e 30 mil euros. E foi mais no primeiro ano, em 2010, quando era mais difícil agregar vontades para desenvolver o projecto. A partir daí, 97 a 98% do projecto faz-se com patrocínios e parcerias.

Como foi alocado o meio milhão de euros?

Miguel Sousinha: O nosso maior investimento está em toda a estrutura de imagem: fotógrafos, cameramen. Quando o Garrett está connosco temos uma equipa de dois a três fotógrafos connosco e dois video-makers. Depois, em backoffice, temos quem trata e produz a imagem. Temos o gestor de projecto, mais duas pessoas a acompanhá-lo, o gabinete de imprensa…

E no fim destes três primeiros anos, o que se segue?

Miguel Sousinha: Já estamos a planear os seguintes. O primeiro ciclo foi entre 2010 e 2012. Este ano iniciámos um novo ciclo. Dada a dimensão que o projecto tomou, estamos a reorganiza-lo e já com novos parceiros. São muitos parceiros e muitas decisões. No primeiro ciclo todas as decisões cabiam a uma mesa. Hoje, isso já não é possível. As decisões demoram.

Quem é que está hoje a apoiar o projecto?

Miguel Sousinha: O grande parceiro tem sido a Zon. No ano passado a Mercedes apoiou-nos. Este ano já há de novo negociações com a Mercedes e com a Red Bull, como co-organizador do evento. E estão a ser estudadas outras marcas. Salvaguardamos o princípio de que quem connosco começou, se quiser continuar, obviamente adaptando-nos à nova realidade, continuará connosco e será a estes que daremos preferência.

E agora outros já vos vieram bater à porta?

Miguel Sousinha: Já nos vieram bater à porta. O que temos como princípio é que o projecto só é bom quando há retorno para o nosso parceiro. Inicialmente colocámo-nos uma série de objectivos.

Se os ultrapassarmos com os nossos parceiros, tanto melhor. O nosso intuito passa mais por continuar parcerias durante muitos anos do que estar anualmente à procura de novas. Porque isso gerava mais retorno económico, sem dúvida, mas se calhar não gerava o conhecimento do projecto que a parceria nos permite.

Jorge Barroso: Isto não é um projecto a desenvolver a dois anos. Este é um projecto para ficar e tem de ser bem cimentado. Há que ter cuidado com as atitudes que se toma para termos a confiança dos parceiros.

Nos três anos iniciais do projecto foi investido meio milhão de euros. Para os três anos que agora começam qual é a estimativa?

Miguel Sousinha: Será investido mais. O projecto começou com muito profissionalismo. Mas à medida que vamos subindo os degraus da escada vamos detectando algumas falhas e vamos tentando melhorar. Obviamente que o projecto agora será mais caro, porque queremos mais qualidade.

Quanto mais? Duplicar?

Miguel Sousinha: Dependerá de um conjunto de factores. Até hoje a única entidade pública que nos deu apoio foi – além da Câmara que é o parceiro 100% da empresa municipal – o Turismo do Oeste, com cerca de 50 mil euros nos três anos. O Turismo de Portugal não teve a capacidade de nos apoiar nos últimos anos. Apoiou-nos na divulgação e na utilização da sua estrutura internacional, mas não mais. Tudo vai depender aonde é que nós queremos chegar e aonde é que o Turismo de Portugal quer chegar. Temos o projecto construído.

Para chegarmos a mais lados precisamos de mais investimento. Se o Turismo de Portugal entender que é bom apostar num projecto de dimensão internacional, teremos de colocar essa dimensão internacional sobre o projecto. Portanto, dependerá do que os parceiros (institucionais ou não) queiram.

A ligação com o Garrett é para manter?

Miguel Sousinha: A ligação com o Garrett é definitiva até ele querer e nós querermos. Está sempre assegurada. Da mesma maneira que ele nos deu notoriedade, nós também lhe demos.

Jorge Barroso

Presidente da Câmara Municipal da Nazaré desde 1994, acumulou (entre 1994 e 2009), com as funções inerentes à presidência, o cargo de presidente do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal da Nazaré. Antes fora professor de trabalhos oficiais da área de Electrotecnia e Informática, administrador de uma IPSS (Confraria de Nossa Senhora da Nazaré) e vereador na Câmara Municipal da Nazaré. Foi ainda projectista e director de projectos, por conta própria, ou trabalhando para outras empresas.

Licenciado em Engenharia Electrotécnica pela Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra fez também um MBA em Estratégia Empresarial.

Miguel Sousinha

Em Fevereiro de 2010 é nomeado presidente do Conselho de Administração da empresa municipal Nazaré Qualifica. Acumula essa função com o cargo de administrador executivo da Lena Hotéis e Turismo, que exerce desde Janeiro de 2009, e de membro da Direcção da Turismo do Oeste com funções não executivas.

Antes, em Janeiro de 2006, assumira a presidência da Associação Nacional das Regiões de Turismo. Exerce essa função em acumulação com a anterior de presidente da Região de Turismo Leiria/Fátima, cargo que exerceu desde Fevereiro de 2003 até Janeiro de 2009. No desempenho destas funções fez parte da direcção de várias entidades onde se destaca a Associação Turismo de Lisboa – Agência Promocional de Lisboa.

Teve uma passagem de seis anos pela gestão autárquica como vereador da Câmara Municipal da Nazaré, em áreas como o turismo e o ambiente.

Este profissional tem um MBA em Gestão de Destinos Turísticos pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo.

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