Apps de encontros recolhem mais dados de utilizadores do que os necessários
Por altura do Dia de São Valentim, a afluência às apps de encontros aumenta. Porém, estas plataformas encontram-se entre as que menos respeitam a privacidade dos utilizadores. Cerca de 25% das permissões para aceder a funções do dispositivo nestas apps não está relacionada com o seu desempenho, tal como revela uma pesquisa NordVPN.
Segundo investigadores de cibersegurança e privacidade, uma app de dating para o telemóvel pede em média 23 permissões ao dispositivo, incluindo acesso à sua localização, fotos ou vídeos. Até seis destas permissões são desnecessárias para o desempenho da aplicação.
Além disso, a categoria de apps de dating é uma das que mais requisita permissões especiais, perigosas e biométricas, que envolvem informação pessoal altamente sensível e processos do sistema fundamentais. Em média, as apps de dating requisitam 11 permissões especiais, perigosas e biométricas. Apenas aplicações de lifestyle (11), mensagens e redes sociais (13) requisitam mais permissões deste género.
«Apps de dating encontram-se entre aquelas que mais requisitam o acesso a funções do dispositivo que não são relevantes para o seu desempenho. A informação recolhida pode ser utilizada contra o interesse do utilizador e gerar problemas de privacidade bem mais graves do que anúncios direccionados. Mesmo que estejam a lidar com uma app com boa reputação, os utilizadores devem sempre pensar se a app precisa mesmo de certos dados para fazer o seu trabalho antes de carregar em Aceito», diz, em comunicado, Adrianus Warmenhoven, consultor de cibersegurança na NordVPN.