Apple já sabe dizer iPad em chinês
A Apple aceitou pagar 60 milhões de dólares (aproximadamente 47,39 milhões de euros) para pôr fim ao litígio que mantinha há dois anos com uma empresa chinesa sobre os direitos do nome iPad, e que ameaçava as suas vendas naquele país asiático.
A empresa Proview Technology, sediada em Shenzhen, registou em 2001 a marca na China para o seu computador touch-screen, chamado Internet Personal Access Device (IPAD), comercializado até 2009, segundo a agência Bloomberg. Há dois anos, a empresa decidiu avançar com uma acção judicial contra a Apple, com o intuito de proibir as vendas do tablet da empresa da maçã no mercado chinês.
Depois de ter perdido a acção em tribunal e apresentado recurso em Fevereiro passado, a Apple chegou finalmente a acordo com a Proview Technology no passado dia 25. No entanto, o anúncio só foi feito hoje, por parte do Supremo Tribunal da província de Guangdong, que divulgou um comunicado no seu site. No documento, a entidade afirma que um tribunal intermediário de Shenzhen já comunicou ao departamento chinês da indústria e do comércio a decisão de transferir a marca iPad da Proview Technology para a Apple.
De acordo com Rowell Yang, fundador da Proview Technology, a empresa esperava obter uma maior recompensa monetária, mas a sua difícil situação financeira obrigou a que aceitasse os termos impostos pela Apple. «A maioria dos nossos credores não pode esperar muito tempo, por isso decidimos que este seria o melhor momento para fechar o acordo», admite o responsável, citado pela Bloomberg. Segundo a mesma fonte, a Proview Technology, que tem a actividade na sua fábrica em Shenzhen suspena desde Novembro de 2010, deve cerca de 400 milhões de dólares (ou 316,8 milhões de euros) aos credores, incluindo alguns bancos chineses.
As receitas da Apple no mercado chinês triplicaram no último trimestre para 7,9 mil milhões de dólares (cerca de 6,25 mil milhões de euros). Estes resultados tornam a China o principal mercado da Apple, excluindo o norte-americano.