Apple denuncia trabalho infantil em fornecedores
A Apple divulgou, na passada sexta-feira, o relatório anual de 2011 sobre a “Responsabilidade dos fornecedores”, onde reconhece irregularidades praticadas por alguns dos seus parceiros, como o uso de mão-de-obra infantil e o excesso de carga horária laboral.
O relatório resulta de 229 auditorias realizadas no ano passado a fornecedores, o que representa um acréscimo de 80% face às 127 inspecções realizadas em 2010 pela tecnológica norte-americana.
No documento, a Apple identifica seis casos activos de trabalho infantil em cinco instalações de fornecedores, para além dos 13 casos já identificados no ano passado. Apesar de “não ter encontrado indícios de que as contratações tenham sido intencionais”, a empresa norte-americana esclarece que já “requeriu aos fornecedores que apoiassem o regresso dos jovens à escola e melhorassem os seus sistemas de gestão – como as práticas de recrutamento e processos de verificação de idade – para prevenir novas situações”, lê-se no relatório, o primeiro em que a Apple identifica todos os seus fornecedores.
Para além do trabalho infantil, a Apple denuncia casos de excesso de número de horas de trabalho – o “código de conduta” da empresa “estabelece um limite máximo de 60 horas de trabalho por semana e prevê pelo menos um dia de descanso a cada sete dias de trabalho” -, irregularidade de pagamentos a funcionários, reduções de salários como medida disciplinar, trabalho involuntário, más condições sanitárias, entre outros.
As auditorias servem para a Apple “se assegurar que os parceiros se comprometem com o código de conduta dos fornecedores”, que agrega cinco parâmetros: trabalho e direitos humanos, segurança e saúde do trabalhador, impacte ambiental, ética e sistemas de gestão.