Altice diz que não tolerará ataques de concorrentes

A Altice afirma, mais uma vez, que tem sido alvo de ataques por parte da concorrência relativamente ao processo de aquisição da Media Capital. Em novo comunicado à comunicação social, refere que pretende esclarecer a sua estratégia para a Media Capital, bem como as motivações por detrás dos ataques.

No que diz respeito ao projecto da Altice para a Media Capital, o grupo indica cinco eixos centrais: continuar o investimento no modelo de emissão free-to-air da TVI; operar a Media Capital e a Meo como plataformas abertas; internacionalizar os conteúdos da Media Capital, bem como as suas capacidades de produção; aproveitar oportunidades de convergência relativas ao mercado em forte crescimento da publicidade digital; e manter a absoluta independência editorial e defesa do pluralismo dos media.

“Ai transacção proposta e a estratégia que lhe está subjacente são benéficas para Portugal e para a economia portuguesa. De facto, a transacção promoverá o pluralismo nos media e fortalecerá o sector, garantindo e desenvolvendo o emprego no mesmo”, comenta a Altice.

Quanto ao documento da ERC do passado dia 17, em que o regulador afirmou não ter conseguido chegar a consenso, a Altice indica que um parecer não-válido (ou seja, sem consenso) não é vinculativo e, por isso, não poderá ser considerado pela Autoridade da Concorrência. Além disso, a Altice considera que o documento da ERC apresenta análises para as quais o regulador não tem competências legais.

Perante esta realidade, a Altice diz ter pedido acesso ao processo, incluindo os documentos submetidos por terceiros, “de modo a garantir a total transparência e imparcialidade do processo”. Até ao momento, o pedido não foi concedido.

Por fim, a Altice reitera que “não tolerará tentativas, por parte dos seus concorrentes, de desviar o rumo do processo tal qual previsto nos termos da lei, incluindo tentativas de transformar uma transacção entre empresas privadas num assunto político”. Segundo o grupo, alguns concorrentes “não hesitaram em atacar e intimidar os reguladores e outros envolvidos no processo”.

A Altice vai mais longe e aponta mesmo alguns nomes: Grupo Sonae e Vodafone, que “têm sido mais alarmistas nas suas intervenções, com o apoio de alguns meios de comunicação social, entre os quais o Grupo Impresa”.

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