Alpro diz que novas restrições a produtos de origem vegetal são “excessivas”

Neste momento, as marcas não podem usar expressões como “leite de soja” ou “queijo vegan” para classificar produtos de origem vegetal. No entanto, estão em cima da mesa novas alterações a nível europeu que põem em causa também termos como “cremoso” ou a utilização de uma embalagem de iogurte para alternativas sem lacticínios.

A Alpro, que disponibiliza precisamente soluções de origem vegetal, diz estar contra as possíveis novas restrições, que serão debatidas este mês pelo Parlamento Europeu. A Alteração 171, como é designada, também proíbe expressões como “alternativa ao iogurte” ou “não contém leite”.

A marca junta-se à ENSA (Associação Europeia de Alimentos de Origem Vegetal) e a outras 92 organizações (Aliança Europeia para os Alimentos de Origem Vegetal) para pedir aos Estados-membros, ao Parlamento e à Comissão Europeia que se oponham à Alteração 171, “por considerar que vai contra os interesses dos consumidores da UE em termos de comunicação transparente, concorrência leal e ambições climáticas”.

Em comunicado, a Alpro indica que é necessário apostar em produtos de origem vegetal para atingir um sistema alimentar saudável e sustentável, aumentando a adopção da dieta flexitariana, por exemplo. Esta revolução, porém, poderá sair prejudicada pela Alteração 171.

«O flexitarianismo é uma tendência crescente e cada vez mais pessoas estão conscientes dos seus benefícios. A missão da Alpro é promover dietas flexitarianas e, por isso, trabalhamos para oferecer cada vez mais e melhores opções aos consumidores», afirma Rita Freitas, responsável pela Alpro em Portugal.

«Estou convencida de que os responsáveis políticos também começarão a reconhecer a importância e urgência de mudar o sistema alimentar numa direcção mais sustentável. Por isso, pedimos ao Trílogo da UE que apoie a posição da Comissão e recuse a Alteração 171 pois a lei em vigor é suficiente quando aplicada», acrescenta a responsável.

Segundo a Alpro, a regulamentação proposta é excessiva, desnecessária e contraproducente. A marca considera que a legislação em vigor já é clara e que novas restrições apenas limitam a capacidade do consumidor avaliar e escolher de forma consciente.

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