Airfree: Algumas perguntas a… Carlos Matias
Como surgiu a Airfree? E como tem evoluído?
A história da Airfree começou com a minha preocupação de pai para com um dos meus filhos, que sofria de frequentes crises alérgicas causadas pelos microrganismos de ambientes internos. Os médicos não apresentavam solução e, como não queria baixar os braços e já tinha alguma experiência no âmbito da tecnologia em criação de produtos, comecei a desenvolver uma solução na área de purificação do ar.
Um ano mais tarde já tinha o protótipo de um aparelho que eliminava os alérgenos responsáveis pelas alergias respiratórias e, em 2005, começámos a produzir o primeiro purificador de ar Airfree. Foi assim o início e a nossa tecnologia foi evoluindo ao longo do tempo. A tecnologia actual baseia-se numa patente inovadora, que eu próprio desenvolvi: o Sistema de Esterilização Termodinâmica (TSS).
A marca tem registado um crescimento constante e, mais recentemente, com a Covid-19, foi de tal forma grande o aumento da procura pelos nossos aparelhos que tivemos de nos desdobrar para cumprir os prazos de produção. Agora estamos num momento mais estável, mas com os tempos endémicos que se vivem e o aumento dos problemas respiratórios, a Airfree continuará, sem dúvida, na sua vocação de melhorar a qualidade de vida das pessoas um pouco por todo o mundo.
Qual o peso das exportações no negócio da empresa?
Todo o fabrico acontece a partir de Portugal, em três diferentes fábricas, importando apenas as placas de circuito e os cabos de alimentação. O nosso principal mercado são os EUA, que representam 50% das nossas exportações. Também temos mercados na Europa, designadamente em Inglaterra, Alemanha, França, Holanda e Portugal. Na Ásia, os principais são Hong Kong, Taiwan, Filipinas, Singapura, Malásia e Indonésia.
Os aparelhos destinam-se ao uso da família, em casa, ou também podem ser utilizados numa grande superfície?
O Airfree pode ser instalado em qualquer lugar. Temos a linha doméstica, para casas de habitação, com aparelhos que também podem ser utilizados em escritórios, escolas ou infantários, dependendo dos metros quadrados dos espaços. E temos a linha industrial, os WM, para colocação na parede em espaços corporativos, geralmente de maior amplitude, como hotéis, consultórios, escolas, entre outros. Mas a Airfree está também presente a nível da indústria alimentar, com modelos específicos.
Qual é a principal ambição da Airfree a curto-médio prazo?
Estamos a acompanhar o mercado, e sempre a investir em tecnologia e design, com o denominador comum da destruição de vírus, bactérias e fungos. Apresentámos agora o Lamp, um produto inovador, já que é um purificador de ar que tem igualmente a função de iluminação, sendo um modelo de pendurar no tecto, com funções dirigidas por controlo remoto.
E também temos outros produtos novos na calha, designadamente um para espaços corporativos, stand alone, com algumas inovações, e que deverá ser lançado no primeiro trimestre de 2023.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Marcas”, publicado na edição de Outubro (n.º 315) da Marketeer.