Afinal, quem são os influenciadores?

Por Bruno Salomão, Country Manager na SocialPubli

Influenciadores já não é uma palavra nova ou desconhecida para a maioria das pessoas. Mas, afinal, quem são estas pessoas? Iniciemos pela questão quantitativa: é que apesar de não terem milhares de seguidores nem um reach de dimensão elevada, são considerados influenciadores e o futuro passa por um maior investimento das marcas neste tipo de perfil. Falamos dos chamados microinfluenciadores, que apresentam entre 10 e 50 mil seguidores nas suas redes sociais e conteúdo diferenciado, dinâmico e apelativo. Aliás, são, por norma, “especialistas” numa determinada área – seja viagens, culinária, desporto, moda, entre outros -, com uma taxa de engagement na maioria das vezes mais elevada do que famosos com milhões de seguidores. Naturalmente, falamos do universo do Instagram, plataforma rainha em Portugal na aplicação de campanhas de marketing de influência. Plataformas como YouTube, Tiktok ou Twitch têm que ser avaliadas de outra forma e com outras métricas.

Além dos micro, ainda existe um “layer” com menos seguidores mas com um impacto brutal na comunicação das marcas e criação de conteúdo – os nanoinfluenciadores! Habitualmente, e uma vez mais na plataforma Instagram, são perfis entre mil e 10 mil seguidores, mas que, por se tratar um low profile e longe de ser visto como uma montra de produtos ou serviços, possui uma influência acima da média dentro da sua comunidade. Por serem vistos como consumidores comuns e por conhecerem a maioria dos seus seguidores, o nível de confiança é notório, apresentando uma credibilidade superior aos restantes tipos de perfis.

Atenção, não estamos a referir que as celebridades e macroinfluenciadores não tenham influência concreta e não faça sentido apostar nos mesmos, bem pelo contrário. Porém, se só olharmos para este tipo de perfil estamos errados e estamos a seguir uma linha racional de 2016/2017.

No passado dia 15, pudemos constatar uma presença massiva de público feminino, através de um estudo desenvolvido recentemente pela SocialPubli sobre o TikTok, que acreditamos ser uma das plataformas do momento dada a dinâmica de conteúdo que é capaz de produzir. Do total de inquiridos, 66,2% eram mulheres e 33,8% homens, revelando haver uma clara vantagem feminina nesta plataforma, seja nano ou microinfluencers. Adicionalmente, se considerarmos que mais de metade dos tiktokers (54,8%) pertence à Geração Z, facilmente concluímos a faixa etária predominante neste canal que privilegia o vídeo.

Por outro lado, e não baseado em estudos mas na aplicação prática de campanhas no mercado português e internacional, vemos resultados fantásticos no Reels do Instagram. Claramente, a “luta” entre plataformas com o formato de vídeos curtos e facilmente editados chegou e, pelo que parece, beneficia os criadores e, claro, as marcas!

Na verdade, o Marketing de Influência é, hoje, uma das melhores estratégias para as marcas alcançarem novos públicos-alvo, aumentarem a notoriedade, engagement e muitas vezes vendas. O factor de proximidade do influenciador com o seu público-alvo impulsiona a compra, pois os influenciadores sabem como devem comunicar com a sua audiência e tornar o discurso credível e fidedigno. Além disso, é importante saber eleger a plataforma escolhida no momento de comunicar e, igualmente importante, conhecer os comportamentos destes influenciadores que vão marcar as tendências de consumo nos próximos anos!

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