Afinal, o que é a Clubhouse? Nesta nova rede social só se entra por convite

Volta e meia, uma nova aplicação surge para rivalizar com as redes sociais mais populares do Mundo. Algumas delas, como o TikTok, conseguem crescer e até roubar utilizadores. Outras, como a Peoople, parecem desaparecer do radar tão depressa como apareceram. Mas em que categoria se encaixará a nova plataforma que está a dar que falar?

A palavra Clubhouse começou a multiplicar-se pela Internet ao longo das últimas semanas. Numa pesquisa na loja de aplicações da Apple, por exemplo, fica claro que esta não é, porém, uma experiência ao alcance de todos: “Estamos a esforçar-nos para adicionar pessoas à Clubhouse o mais depressa possível, mas por agora é preciso um convite para entrar.”

Segundo a app, qualquer pessoa poderá conseguir um destes convites, registando-se na lista de espera ou pedindo ajuda a um utilizador que já faça parte desta rede social.

Mas de que se trata, afinal, a Clubhouse? A aplicação descreve-se a si própria como um espaço para conversas áudio casuais entre amigos ou pessoas dos mais variados pontos do Mundo. É possível falar ou simplesmente ouvir o que os outros têm para dizer.

Esta rede social distingue-se, por isso, por privilegiar o som em detrimento da palavra escrita ou da imagem. Assenta na transmissão em directo de conversas em que os utilizadores podem entrar a qualquer momento – basta levantar a mão virtual e pedir autorização ao administrador de cada conversa. Ao contrário de um programa de rádio ou de um podcast, não se trata de um conteúdo editado, mas sim de áudios mais semelhantes àqueles que se trocam entre amigos no WhatsApp, por exemplo.

Um dos utilizadores mais conhecidos será Elon Musk, fundador e CEO da Tesla, que recorreu ao Twitter para anunciar que iria estar online na Clubhouse para participar no “The Good Time Show”. Isto porque a plataforma conta com salas dedicadas aos mais variados temas e até programas ou talkshows.

Assim que se cria uma conta na Clubhouse, é pedido que se indique os principais interesses. A partir daqui, a rede social sugere salas de conversa e indíviduos com quem o utilizador poderá ter maior afinidade. Enquanto a conversa estiver a decorrer, a sala existe; assim que termina, a sala fecha e o conteúdo desaparece. Não é possível ouvir de novo ou guardar para mais tarde.

Para já, a aplicação está disponível somente para iOS, mas os criadores já anunciaram que estão a trabalhar numa versão para Android. Não há, contudo, data prevista para o lançamento desta versão ou para a abertura à generalidade das pessoas.

«Lançámos a Clubhouse em Março do ano passado. O nosso objectivo era construir uma experiência social que fosse mais humana – onde, em vez de publicar, nos pudessemos juntar com outras pessoas para falar», conta Paul Davidson, um dos fundadores da app. Num texto partilhado no site da Clubhouse, o responsável explica que queriam criar uma plataforma de onde as pessoas saíssem a sentir-se melhor do que quando entraram por terem tido a oportuniade de aprofundar amizades e aprender.

A 24 de Janeiro, Paul Davidson adiantava que eram já dois milhões os utilizadores na Cubhouse, entre músicos, cientistas, criadores, atletas, humoristas, pais, empreendedores, profissionais da bolsa, líderes de organizações sem fins lucrativos, autores, artistas, agentes imobiliários ou adeptos de desporto, entre outros.

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