Adeus, Instagram. Jovens até aos 15 anos rendem-se ao TikTok
Não foram só as compras através de plataformas de comércio electrónico que cresceram com a quarentena e o isolamento social. A actividade online no geral aumentou, particularmente se olharmos para os mais jovens: um estudo elaborado pela Qustodio mostra que os menores de idade aumentaram o consumo de conteúdos online em 180% na primeira semana após o encerramento das escolas.
O estudo, elaborado com base nas respostas de mais de 60 mil famílias no Reino Unido, Espanha e Estados Unidos da América, revela que os hábitos dos utilizadores entre os quatro e os 15 anos sofreram alterações na sequência do COVID-19 e do tempo passado em casa. Reportado pelo Marketing News, indica, por exemplo, que o Instagram já não é a rede social preferida desta faixa etária. O TikTok assumiu a coroa.
Até Fevereiro deste ano, o top 3 das redes sociais mais utilizadas por menores de idade nos mercados analisados era composto por Instagram, TikTok e Snapchat, surgindo só depois o Facebook e o Pinterest. Porém, a crise sanitária permitiu à plataforma chinesa TikTok tomar a dianteira, tendo em conta o número de utilizadores.
No total das redes sociais, a Qustodio mostra que o tempo passado neste tipo de plataformas aumentou em torno dos 100% desde o último ano. Nos meses de quarentena, o salto foi ainda maior, chegando aos 200%. No caso do TikTok, o tempo de utilização nos mercados em análise quase duplicou em apenas nove meses.
O mesmo estudo nota que o TikTok está a crescer também enquanto rival do YouTube, já que assenta essencialmente na partilha de vídeos. Ainda assim, durante o confinamento, as crianças e adolescentes até aos 15 anos passaram, em média, 75 minutos no YouTube e 71 no TikTok.
Quando o assunto é vídeo online, o YouTube continua, por isso, a ser a principal plataforma: sete em cada 10 crianças utilizam-no e é o segundo canal preferido para ver vídeos na televisão, logo depois da Netflix. Desde Maio do ano passado, o consumo de vídeos no YouTube entre os menores aumentou uma média de 50%. Os rapazes dedicam mais tempo do que as raparigas.