Absolut, Ikea e Zara entre as marcas mais gay-friendly
Foi pedido a 1414 portugueses que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgénero ou intersexuais (LGBTI) que indicassem, espontaneamente, a marca que consideram mais gay-friendly. Absolut, Apple, Benetton, Google, H&M, Ikea, Levi’s, Lush e Zara foram as insígnias mais mencionadas.
Esta é apenas uma das conclusões do estudo levado a cabo pelo jornal digital Dezanove, em parceria com os guias Lisbon e Porto Gay Circuit. O inquérito, que envolveu apenas maiores de 18 anos, revela também que marcas ou serviços que tenham uma postura gay-friendly e inclusiva são privilegiados pela comunidade LGBTI portuguesa: 60,6% dos inquiridos prefere uma marca que veicule uma mensagem de respeito pela comunidade. Por outro lado, para 39,4% essa questão é indiferente ou não tem importância.
O mesmo estudo, descrito pelo Dezanove como o primeiro grande inquérito aos hábitos de turismo e lazer de pessoas LGBTI em Portugal, indica qual a percepção dos participantes face ao caminho percorrido pelas marcas em relação à comunidade: 63,3% considera que apresentam uma postura mais favorável, mas que ainda há margem para melhorar; 22,7% acredita que a postura melhorou bastante nos últimos anos; 8% não sabe responder; e 6% considera que piorou.
Além disso, 67,7% dos inquiridos deixa de ser consumidor ou de frequentar um lugar que não respeite pessoas LGBTI. Apenas 1,7% garante que continuaria a ser cliente, independentemente de qualquer episódio menos positivo.
Lisboa versus Porto
Numa competição entre Lisboa e Porto, o estudo revela que a capital é considerada a cidade portuguesa mais atractiva para turistas LGBTI: conquistou 83,1% dos inquiridos, o que contrasta com os 8% registados relativamente à Invicta. Talvez por isso mesmo, o Porto apresenta-se como a cidade com maior potencial de crescimento.
Os inquiridos pelo Dezanove sublinham também que as autoridades portuguesas têm de se esforçar mais para promover Portugal como destino turístico LGBTI: 40,1% considera que não há investimento neste sentido.
No geral, no entanto, 60,9% dos inquiridos acredita que a oferta de serviços dirigidos ao público LGBTI em Portugal está a crescer.