Abercrombie & Fitch mantém quebra de vendas e resultados

Aparentemente, as modelos seminuas já não são o suficiente para atrair os clientes – pelo menos no caso da requintada empresa Abercrombie & Fitch. A sua imagem frugal, que antigamente chamava a atenção, está agora a resultar em vendas frugais.

A famosa cadeia de lojas para adolescentes revelou um sério declínio nas vendas – nem mais que 21 meses seguidos de quedas em lojas que estão abertas há mais de um ano. Os últimos dados apontam para uma queda de 19% em Dezembro, um mês de que a maioria das lojas depende para aumentar os seus lucros anuais.

Mesmo com o queda do ano passado a agravar-se (com 24%), o analista Eric Beder da Brean Murray, Carret & Co. descreveu os últimos dois anos como uma decréscimo «brutal de 40%». Também acrescentou aquilo que muito se suspeitava: «o modelo de negócios parece agora totalmente acabado.»

As acções chegaram a atingir os 60 euros, mas hoje valem cerca de um terço desse valor.

Surpreendente é a resposta da cadeia de lojas à crise: não fazer nada.

É que se há muito a Abercrombie & Fitch acredita no preço “ambicioso” (ou seja, caro) ao mesmo tempo que resiste aos saldos e às promoções com medo de depreciar a marca, a verdade é que também continua a manter a filosofia de não cortar nos preços.