Abdicaria do Seguro de Saúde e de Vida para pagar outras contas?
42% dos portugueses estão dispostos a sacrificar o seu seguro de saúde ou de vida, deixando de o pagar, de forma a manter-se dentro do seu orçamento. Este é o resultado do “Pulse Report: ECPR 2024”, um estudo realizado pela Intrum no qual a empresa procurou analisar qual a relevância atribuída aos gastos com a saúde, pelos consumidores portugueses.
E se no estudo fica claro que a maioria dos consumidores espera conseguir passar por 2024 sem deixar de pagar as suas contas, também é um facto que uma minoria reduzida está preocupada que algumas das suas contas tenham que ficar por pagar. Em termos concretos, 6% dos portugueses esperam ter que saltar um ou mais pagamentos este ano segundo o “Pulse Report: ECPR 2024”.
«A deterioração contínua do ambiente económico está a afectar os consumidores, tanto material quanto mentalmente. O nosso estudo mostra uma deterioração significativa nas finanças do consumidor, com um número cada vez maior de pessoas a lutar por pagar as suas contas, sendo forçadas a tomar decisões sobre quais vão incumprir. Sem dúvida, veremos mudanças marcantes nos gastos e no comportamento do consumidor como resultado destas pressões. A inflação generalizada e o aumento das taxas de juros nos últimos anos continuam a ser uma grande preocupação», comenta Luís Salvaterra, diredtor-geral da Intrum Portugal.
Mas os números são mais significativos em países como a Dinamarca e Suíça, onde quase um quinto dos consumidores (18%) se encontra nesta posição, demonstrando que países ricos também enfrentam dificuldades com o aumento do custo de vida. Aliás, a média europeia situa-se nos 11%.
Os pagamentos de Ginásios tendem a ser os primeiros a sofrer cortes, com 80% dos consumidores portugueses a afirmarem que deixariam de fazê-lo para aliviar a pressão financeira. Os serviços de subscrição também parecem vulneráveis, com 79% dos inquiridos a considerá-los gastos que potencialmente escolheriam sacrificar. A conta pessoal de Internet ou Banda Larga (55%) e os Seguros de Saúde ou de Vida (42%) são consideradas despesas com potencial a serem cortadas quando confrontados com situações em que o dinheiro não chega para pagar todas as contas.