«A reputação é o game changer na Saúde»
Seja entre os stakeholders ou junto dos consumidores, a reputação ocupa um papel relevante no sector da Saúde, cabendo às marcas desenvolver melhores estratégias para reunir maior confiança e fidelizarem mais clientes.
Esta foi uma das conclusões da iniciativa “Let’s Talk About Marketing and Communications”, da autoria da Lusíadas Saúde. Enrique Johnson, senior vice-president Spain & Latam do Reputation Institute, afirma que a reputação tem um enorme impacto nos negócios, desde acelerar vendas ou atrair mais clientes a permitir alcançar mais investimento. «A reputação é o game changer na Saúde. No entanto, é fundamental entender que awareness não é reputação, ainda que seja necessário para, no futuro, obtê-la.»
O responsável afirma que as empresas devem traçar um perfil de reputação, assegurando não só que os consumidores conhecem a empresa como sabem os valores que acarreta. «É essencial que os consumidores entendam todo o trabalho desenvolvido pelas empresas. Enquanto marcas, que sejam conhecidas. No que respeita à reputação, que os consumidores confiem no trabalho desenvolvido», afirma.
Kari Severson Snaza, senior vice-president, Strategy and Development na United Health Group, assegura que o marketing movido por valores é o futuro e, havendo uma partilha de propósito, será mais fácil fidelizar os consumidores. «Temos de incorporar os valores da melhor forma para que os consumidores sintam que estão em sintonia com as marcas. Juntamente com um bom serviço prestado, a confiança e a lealdade serão alcançadas», afirma.
A fim de fidelizar os clientes, a senior vice-president explica que, neste sector, a lealdade não é assegurada através do preço, mas sim com confiança e reputação. Assim, o sector deve adoptar uma postura consumer centric, com foco na personalização, para que sejam implementadas estratégias que proporcionem melhores experiências (e uma vida melhor) aos consumidores.
Apesar do esforço desenvolvido pelas marcas, continuam a existir alguns entraves no que respeita ao contacto com os consumidores. «Falta alguma literacia em saúde, o que dificulta a comunicação com o público em geral», aponta Patrícia Matos, jornalista da TVI, também presente no debate.
Texto de Rafael Paiva Reis