A Pão e Água. Afectados pela pandemia saem à rua para exigir medidas de apoio
Amanhã, dia 13, pelas 16h, a Avenida dos Aliados, no Porto, será palco de um protesto espontâneo, que promete juntar algumas das das principais vítimas das crise económica que a pandemia de COVID-19 provocou em Portugal. Organizado pelo movimento “A Pão e Água”, pretende dar voz às exigências de empresários e profissionais de vários sectores.
Restaurantes, bares, discotecas, organizadores de eventos, músicos, actores, fornecedores e produtores, entre outros, constituem o movimento “A Pão e Água”, que nasceu para deixar claras as dificuldades de quem sofre na pele as medidas implementadas pelo Governo no âmbito da pandemia.
“Como é possível um negócio, estando fechado, e sem data de abertura prevista, poder fazer uma gestão eficaz dos seus recursos e ao mesmo tempo suportar encargos como água, energia, renda, impostos, empregados, internet, telefone, sistemas de facturação, contas correntes com fornecedores a entrarem em litígio, etc?”, pergunta o movimento em comunicado.
Para ajudar a resolver o problema e compensar os prejuízos acumulados, o movimento apresenta um conjunto de 16 propostas:
1. Apoios imediatos ao sector dos bares e discotecas, eventos, restauração, comércio e todos os fornecedores directos e indirectos;
2. Apoios à restauração e comércio, pela redução de horário;
3. Reposição do horário, quer de restaurantes e bares, quer do comércio local;
4. Isenção da TSU;
5. Redução no pagamento das rendas;
6. Redução do IVA;
7. Abertura imediata e injecção directa nas empresas, sem a contrapartida de ter os pagamentos às finanças e à segurança social em dia;
8. Sócios gerentes terem acesso ao lay off, independentemente de terem uma ou mais empresas ou acumularem com trabalho por conta de outrem, pois fazem descontos em todas;
9. Pagamento do IVA automaticamente aprovado em seis prestações;
10. Apoios reais, a fundo perdido, à manutenção de postos de trabalho;
11. Apoio às tesourarias das empresas, a fundo perdido;
12. Reforço imediato das linhas de crédito, retirando limitação de acessos às novas linhas a quem já recorreu às linhas anteriores;
13. Isenção de impostos nas rendas dos imóveis arrendados, durante o período de proibição de exercício da actividade;
14. Prolongamento dos contratos de arrendamento, caso sejam a termo por mais de três anos;
15. Anulação de multas por pagamento atrasado de impostos;
16. Prolongamento dos apoios da Segurança Social aos trabalhadores independentes.