A marca M
As mulheres são o futuro e são intimamente responsáveis pelo seu destino. A marca pessoal feminina é, hoje, uma das mais fortes e carismáticas. Os valores e as características femininas estão totalmente alinhados com as necessidades de um novo mundo, muito mais agressivo, persistente e competitivo.
por Mariana Henriques, mestre em Marketing e Estratégia
Este texto foi publicado originalmente na edição de Fevereiro de 2015 da Marketeer.
Com a mudança no comportamento do consumidor ocorrida nos últimos anos, em que a decisão de compra é influenciada directamente pelas opiniões dos consumidores que já são clientes de um produto ou serviço, a importância dos embaixadores de uma marca cresceu significativamente.
Os embaixadores têm que ser nomes com credibilidade e confiança, respeitados pela sociedade, e com vontade de promover e dar maior visibilidade a uma marca. É comum verem-se mulheres, autênticas e versáteis, serem a imagem de uma marca, a tornarem-se exemplos para quem as segue e também, elas próprias, a criarem a sua própria marca de tal forma forte e valiosa que os consumidores passam a verdadeiros seguidores dessas mesmas marcas pessoais.
É esta personalidade forte, esses valores numa só pessoa, numa só marca pessoal, numa só mulher, que as marcas corporativas desejam que seja associada aos seus valores e às suas marcas. A utilização de uma marca pessoal feminina respeitada, acarinhada e acompanhada pelo público permite que a marca corporativa tenha mais força no mercado. Se a marca corporativa for associada a uma mulher-exemplo, com inúmeros seguidores, mais facilmente o público estará predisposto a consumir essa mesma marca e, consequentemente, tornar-se fiel seguidor, uma vez que ao nutrir uma simpatia e um carinho especial pela marca pessoal passa a confiar muito mais na marca corporativa, credibilizando-a de forma notória.
Mas o que leva as marcas a apostarem cada vez mais na força feminina? A mulher de hoje criou uma marca pessoal, definida por si própria, que fascina as outras mulheres e surpreende os homens, nomeadamente pela sua versatilidade. Uma marca é uma promessa de desempenho que cria expectativas naqueles a quem se dirige e, neste sentido, tem-se vindo a assistir a uma verdadeira revolução feminina: as mulheres agregam um conjunto de valores que agradam à sociedade – são fortes e rigorosas, resilientes, responsáveis, focadas, determinadas e trabalhadoras.
São mulheres independentes e com carreiras promissoras e projectos profissionais aliciantes. A marca M – Mulher é um exemplo para todas as mulheres e é, provavelmente, a mais útil na actualidade, devido a todo este carácter multifacetado, simples e único. A mulher de hoje estuda mais, licencia-se, procura mestrados e doutoramentos. Tem posições de destaque nas empresas e ainda acumula alguns trabalhos ao fim-de-semana.
A Mulher M é a geração feminina que foi criada para dominar o mundo. Incentivaram-na a estudar, a conhecer, a trabalhar e a viajar e, acima de tudo, a ganhar a sua independência. Não aparentam fragilidade, mesmo que o sejam. Não se contentam com o pouco e querem sempre mais. A mulher de hoje é uma verdadeira líder credível, assertiva e persuasiva, disposta a correr riscos. Não espera que as coisas aconteçam, corre atrás delas.