A importância das novas plataformas na literacia em Saúde

Por Pedro Casqueiro, country head Oncology Portugal da Takeda

“Estive a ler que…” é cada vez mais uma expressão ouvida pelos profissionais de saúde, quer por parte de doentes como de familiares. No espaço de poucas décadas assistimos a uma enorme evolução no que respeita ao acesso à informação relativa a Saúde e conhecimento sobre doenças que nos são diagnosticadas, aos nossos familiares e amigos, ou de que temos apenas interesse em saber mais. Nos anos 80, era comum esta pesquisa ser feita através de livros ou enciclopédias, onde a informação era por norma fidedigna, mas incompleta e passível de ficar desactualizada rapidamente.

No início dos anos 2000, com a democratização da Internet, o Google passou a ser um motor de busca por excelência para a pesquisa de todo o tipo de informação, inclusive em Saúde. Muitas vezes, os doentes já chegavam às consultas com bastante informação sobre a sua condição ou preocupação, informação essa que era muitas vezes imprecisa, dispersa ou inexacta, o que dava origem a autodiagnósticos, frequentemente errados, causadores de grande ansiedade.

Utilizando a tecnologia ao serviço da informação, a rápida evolução da literacia digital na sociedade actual, aliada à exploração de novos canais como veículos de informação, tem permitido o aparecimento de novas plataformas para disponibilizar informação actualizada e de acesso simples e cómodo. Este fenómeno tem sido fundamental para promover esta literacia em Saúde, tão relevante sobretudo numa época em que assistimos cada vez mais a avanços na Ciência e ao aparecimento de tratamentos inovadores em doenças como as oncológicas.

Ao longo dos últimos anos, os podcasts têm sido uma das plataformas com maior crescimento, tornando-se um bom exemplo de como é possível disponibilizar aos doentes, cuidadores e sociedade em geral, informação relevante e actual sobre várias patologias, frequentemente em diálogos que aliam a informalidade ao rigor científico.

No caso do cancro do pulmão, o tipo de cancro que mais mata em Portugal e em todo o mundo, continua a ser imperativo dinamizar conversas que possam promover um diálogo conjunto, incluindo perspectivas de médicos, investigadores, membros de sociedades científicas, como é exemplo o Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, e a visão das associações de doentes, através da Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão (Pulmonale), de forma a reunir informação essencial e credível sobre esta patologia.

O podcast “D’ar voz à vida no cancro do pulmão”, que a Takeda lançou no dia 14 de Novembro, mês de sensibilização para o cancro do pulmão, é um projecto, desenvolvido com a colaboração da Pulmonale, que pretende exactamente ouvir quem mais entende e dar ferramentas a quem mais precisa, com foco na premissa que um doente informado é um doente que controla melhor a sua doença e gere melhor a sua vida.

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