A forma como as pessoas pesquisam está a mudar! Quer acompanhar a mudança?
Por Marco Gouveia, consultor e formador de Marketing Digital, CEO da Escola Marketing Digital e autor do livro “Marketing Digital: O Guia Completo”
O comportamento de pesquisa tem vindo a mudar a uma velocidade cada vez mais rápida. Os motores de pesquisa estão a perder o monopólio da informação, partilhando o espaço digital e os próprios utilizadores com outras plataformas, como as redes sociais e os softwares de inteligência artificial. Especialmente as gerações mais jovens, optam por pesquisar primeiramente nas redes sociais ao invés do que acontecia anteriormente, quando os motores de pesquisa eram a fonte primordial de informação em ambiente online.
Além disso, a forma como as pessoas usam os motores de pesquisa está a mudar também devido à afluência aos dispositivos móveis e à pesquisa por voz. E claro que estas mudanças têm um impacto significativo nas estratégias de marketing digital.
Mais da metade do tráfego da web agora vem de dispositivos móveis. Segundo a Hubspot, 80% da Geração Z prefere usar os telemóveis para pesquisar. Mas a tendência não se fica nas gerações mais novas. A geração Millennials (62%) e a Geração X (66%) também priorizam a pesquisa em telemóveis, segundo a mesma fonte. Isto vem reforçar a necessidade de ter conteúdo optimizado para dispositivos móveis, criando sites e páginas de destino responsivos e fáceis de usar nos mesmos.
Outra tendência de pesquisa em crescimento é a pesquisa por voz. Os consumidores usam-na para obter informações sobre produtos e serviços, encontrar direcções e realizar outras tarefas. Deste modo, é essencial garantir que o nosso conteúdo está optimizado também para pesquisas por voz. Ou seja, devemos usar palavras-chave de cauda longa e frases de linguagem natural.
É verdade que os motores de pesquisa continuam a dominar a forma como as pessoas procuram por informações, sendo utilizados por 88% dos consumidores (de acordo com o Hubspot), mas estão a aparecer novas fontes, como as redes sociais e a inteligência artificial, e não podemos ignorá-las. Uma pesquisa da Hubspot concluiu que 15% das pessoas preferem as redes sociais para pesquisar. E a tendência é este número vir a aumentar, pois 29% das Gerações Z e Y dão prioridade às redes sociais.
Estas gerações estão a crescer e a tornar-se consumidores independentes, por isso, as redes sociais precisam de ter cada vez mais importância na estratégia de marketing digital, para que se possa adaptar às mudanças dos tempos e às necessidades e hábitos dos novos públicos.
Finalmente, outra tendência a ter em conta no que diz respeito à mudança progressiva na forma como se procura por informação na internet é a pesquisa generativa baseada em Inteligência Artificial (IA). Apesar do uso da IA não estar tão generalizada entre a população, estas ferramentas estão em crescimento e o próprio Google já está a adaptar o seu motor de pesquisa para gerar resultados de pesquisa mais conversacionais. O Search Generative Experience (SGE) da Google é uma nova experiência do Google que usa IA para gerar resumos e insights sobre os resultados da pesquisa. A avançar, esta actualização pode mudar um pouco o jogo do SEO, levando a algumas adaptações na optimização de conteúdos e na forma como os resultados serão apresentados.
Em suma, mudam-se os tempos, mudam-se as pesquisas (ou, pelo menos, a forma como as fazemos). E também se devem mudar as estratégias. É fundamental estarmos atentos às novas tendências e à forma como o mercado evolui para se adaptar às necessidades dos consumidores. Afinal, o mais importante são sempre eles.