A Coca-Cola é uma marca pró-Donald Trump: Mito ou Verdade? O que mostram os dados

Em resposta à ameaça do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 25% sobre os produtos importados do México, a comunidade latina iniciou um boicote contra as grandes empresas americanas, tendo a Coca-Cola como um dos seus principais alvos. Através do “Movimento Freeze Latino”, os ativistas nas redes sociais apelaram à cessação do consumo de produtos de marcas que consideram ser pouco solidárias com os latinos ou com os migrantes.

O descontentamento com a Coca-Cola deve-se à difusão de algumas teorias – não confirmadas – que afirmam que a empresa tinha despedido mais de mil funcionários latinos no Texas, que foram posteriormente deportados. Além disso, o ex-presidente Trump é conhecido pelo seu gosto pela Diet Coke (Coca-Cola Zero), o que reforçou a percepção de uma ligação entre a marca e o líder republicano, ainda que não haja uma confirmação oficial por parte da marca.

Outro fator-chave na polémica que envolve a marca e o presidente norte-americano são as doações políticas da Coca-Cola. Segundo dados da Open Secrets e Good Unite Us, a empresa tem mantido um histórico de contribuições equilibradas entre democratas e republicanos. No entanto, em 2024, mais de 50% das suas doações foram para políticos republicanos, incluindo 50 mil dólares para o movimento Make America Great Again Inc., diretamente ligado à campanha de Trump.

O boicote poderá afetar as vendas da Coca-Cola, dado o alto poder aquisitivo da comunidade latina nos Estados Unidos. Embora movimentos semelhantes tenham impactado grandes empresas no passado, a empresa ainda não emitiu uma posição oficial sobre a situação ou tomou medidas públicas para mitigar a controvérsia.

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