A corrupção em Portugal está generalizada
Dos cerca de três mil gestores de topo, de 62 países, entrevistados pela EY a propósito do estudo sobre fraude, 91% apoia o reforço da transparência de quem detém ou controla empresas. Em Portugal, o apoio é ainda maior com 98% dos inquiridos a concordar com esta necessidade. Mais: 50% considera que a corrupção em Portugal está generalizada, com destaque para o suborno. Em 2014, este valor ficava-se pelos 32%.
Pedro Cunha, líder da linha de serviço EY – Fraud Investigarion & Dispute Services (FIDS) em Portugal e Angola, aconselha os gestores a focarem-se «na garantia de uma compreensão mais profunda dos seus clientes, parceiros e fornecedores». Até porque num clima de instabilidade e insegurança, «o reforço da transparência é claramente um ponto central de amplo interesse público».
Contudo, apesar de os portugueses parecerem condenar a corrupção, a verdade é que 28% admite que o comportamento não ético poderá ser justificado se ajudar a atingir objectivos financeiros.