CEOs em Portugal não são influentes digitalmente

Depois de analisados mais de 1100 CEOs e executivos de empresas de Portugal, Espanha e América Latina, a Llorente & Cuenca concluiu que, no que ao digital diz respeito, não existe um único executivo no País com um índice de presença e influência relevante. Mercados como o México e o Equador conseguem ultrapassar Portugal, já que as suas pontuações foram de 57 e 50, respectivamente, ao passo que Portugal se ficou pelos 22 pontos.

A consultora aponta, ainda assim, quais os casos de maior sucesso. A Central de Cerveja, a TAP, a Axa, a EDP e a Ana são as empresas cujos líderes estão melhor posicionados nas plataformas digitais. No geral, os canais mais utilizados são os corporativos como o LinkedIn, deixando de lado outros de sucesso a nível internacional como é o caso do Twitter.

O mesmo estudo revela ainda que a influência digital dos líderes deve-se mais às menções de terceiros do que à participação activa dos executivos e CEOs. Ao procurar por um dos perfis seleccionados pela Llorente & Cuenca no Google, 59% surgem em resultados no Google News e 39% destes estão associados a mais de 11 notícias.

Para Tiago Vidal, director-geral da Llorente & Cuenca em Portugal, «numa altura em que a confiança, a reputação, a transparência e o lado social e humano das organizações é mais importante que nunca, parece haver uma oportunidade de comunicação que é ainda desperdiçada». O responsável acrescenta que «os líderes empresariais parecem ainda recear entrar no universo digital, seja por questões de privacidade, de segurança ou até por receio de se exporem a um contexto onde a comunicação bidireccional é a normal».

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