TV perde terreno para smartphones

O consumidor médio continua a passar muito tempo diante da televisão para ver vídeos – mais concretamente perto de cinco horas por dia e 149 horas por mês. Pode parecer muito, mas a verdade é que o consumo de vídeos em TV está a diminuir, à medida que os pequenos ecrãs dos smartphones e tablets ganham protagonismo.

De acordo com um estudo da Nielsen, realizado nos EUA, o consumo de TV caiu cerca de seis horas por mês entre o quarto trimestre de 2014 e o período homólogo de 2013. Em sentido inverso, no espaço de apenas um ano, os norte-americanos passaram mais três horas por mês a navegar na internet utilizando o computador (para um total de cerca de 29 horas por mês, em média) e mais nove horas por mês agarrados ao smartphone (para um total de 43 horas por mês).

De resto, a TV, computador e os smartphones são, de longe, os três dispositivos mais utilizados pelos norte-americanos para assistir a vídeos. Na lista do Nielsen’s Total Audience Report encontram-se ainda a consola (oito horas por mês, em média), as gravações automáticas na TV (15 horas) e o DVD/Blu-Ray (cinco horas).

De acordo com a Ad Age, parece óbvio que os consumidores de TV estão a mudar os seus hábitos de consumo e a utilizar, cada vez mais, o computador e os dispositivos móveis para ver vídeos. O problema é que a indústria publicitária continua a esperar – e a desesperar – por uma forma standard de medição das audiências nestes meios, uma vez que as marcas ainda não perceberam exactamente que tipo de conteúdos funcionam (e podem perdurar) na internet.

Segundo aquela publicação, resta às marcas uma conclusão: “Se as pessoas estão a ver mais vídeos em smartphones que podem levar para qualquer lado, isso significa que elas podem estar a sair mais [de casa]. Os marketeers só precisam de perceber como podem segui-las.”

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