Sagres Clássica poderá ir além do Rio de Janeiro

sagres_rsDepois de anunciado, no mês de Agosto, que a Cerveja Sagres já se encontrava a produzir no Brasil, numa unidade da Heineken – possibilitando a comercialização da cerveja no Rio de Janeiro -, a Sociedade Central de Cervejas promoveu ontem um encontro com jornalistas onde deu a provar a cerveja que está a ser vendida no mercado brasileiro e deu a conhecer a estratégia de lançamento que tem sido posta em prática nesse território.

A marca Sagres está a posicionar-se no segmento premium do mercado brasileiro, em formato de 600 ml retornável, podendo a Sagres Clássica ser encontrada nos principais “botecos” cariocas. A comercialização da cerveja começou em Julho e, de maneira a dar a provar aquela que para os brasileiros é uma nova marca, a Sagres apostou essencialmente em comunicação below the line, especificamente acções de degustação junto aos “botecos” que disponibilizam a marca.

«Identificámos a oportunidade de consumo nos botecos onde os brasileios se juntam e os portugueses têm a fama de saber receber e ser especialistas nos petiscos e adaptámos a embalagem ao momento de consumo», esclarece Raúl Simão, responsável de Marketing da Cerveja Sagres.

Nuno Pinto Magalhães, director de Comunicação e Relações Institucionais da Sociedade Central de Cervejas, explicou que a receita produzida no Brasil foi alterada para melhor se enquadrar com o gosto do consumidor brasileiro. Para isso trabalharam em conjunto dois mestres cervejeiros: o da Sagres e o da Heineken Brasil. «É a única cerveja portuguesa formatada ao gosto brasileiro», assegura. No entanto, o director de Comunicação e Relações Institucionais da Sociedade Central de Cervejas frisou que «toda a Sagres vendida em qualquer parte do mundo é com a receita de Vialonga. A excepção é apenas o Brasil». O mesmo responsável explica que foi a solução encontrada já que «exportar cerveja para o Brasil é impensável devido às taxas aduaneiras que o tornam impraticável». Daí que a Sociedade Central de Cervejas tenha optado por usar as sinergias com a Heineken para fazer o lançamento no mercado brasileiro.

Ainda que, para já, a marca esteja apenas presente no estado do Rio de Janeiro, não está fora de hipótese o alargamento a outros mercados. «O Brasil tem a dimensão de um continente, portanto quando estamos a falar de um estado, estamos a falar de milhões de pessoas. Só no Rio de Janeiro poderão ter contacto com a Sagres cerca de 15 milhões de pessoas!», salientou Nuno Pinto Magalhães.

Escusando-se a revelar para já valores de investimento e expectativas ou resultados iniciais, o director de Comunicação e Relações Institucionais da Sociedade Central de Cervejas assume que «se correr bem no Rio de Janeiro lançaremos em outros mercados – São Paulo e Rio de Janeiro são os mercados prioritários quando se lança novos produtos no Brasil – e poderemos pensar em novas variedades de produto, mas para já queremos consolidar este lançamento».

Certo é que a Sociedade Central de Cervejas não exportava para o Brasil portanto tudo o que for vendido nesse mercado é considerado “um ganho” pela empresa.

Nuno Pinto Magalhães lembrou ainda que a inovação é um factor determinante nas vendas globais da Sociedade Central de Cervejas, representando 15% do valor das vendas em 2013. Este valor diz respeito a lançamentos (novos produtos e novas embalagens/formatos) efectuados pela empresa, através das suas várias marcas, nos últimos três anos (de 2011 a 2013).

Texto de Maria João Lima

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