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Portugueses são os que mais valorizam “marcas brancas”
Portugal é o país com maior número de consumidores (96%) a optar por produtos de “marca branca”, com o objectivo de diminuir as despesas relativas às compras. O dado surge no Barómetro Europeu do Observador Cetelem que faz uma análise às novas tendências de consumo nascidas numa Europa em crise, e que definem o “consumidor em modo alternativo”.
Segundo o estudo, o mercado das “marcas brancas” e/ou de distribuidores (MMD) é um mercado de suporte, pelo que não vai enfraquecer nos próximos anos. As MMD continuam também a renovar-se constantemente. Em 2010, uma inovação em cada cinco, no domínio alimentar, foi de uma marca de distribuidores. Por outro lado, as MMD adaptam-se às tendências e desejos do consumidor, ouvindo mais os problemas do desenvolvimento durável e da agricultura biológica
Também o hard discount é já uma prática enraizada na Europa, nomeadamente em Portugal, onde mais de 90% dos indivíduos a interiorizaram, independentemente da sua categoria social. 87% dos inquiridos no nosso país afirmam ainda que procuram sistematicamente o preço mais baixo (média países europeus analisados: 82%).
“Os portugueses valorizam cada vez mais o factor “preço” na hora de comprar. A procura do preço baixo já faz parte do seu quotidiano e é muitas das vezes efectuada em detrimento da qualidade. Metade dos portugueses (50%) prefere não privilegiar a qualidade e comprar em maior quantidade (valor acima da média europeia de 39%). A contrastar com os portugueses estão os romenos que preferem privilegiar a qualidade, mesmo que tenham de comprar menos (81%)”, revela o documento.
De acordo com Diogo Lopes Pereira, director de marketing do Cetelem, «a crise económica é um factor de aceleração das alterações de comportamento: consumir menos, consumir melhor, e assim consumir de outro modo».
Para o estudo foram inquiridas mais de 6.500 pessoas (pelo menos 500 indivíduos por país, com idade superior a 18 anos) através da Internet, em 12 países europeus.