Optimus Primavera Sound dá (novamente) música no Porto
Depois da estreia no ano passado, o festival Primavera Sound, definido por muitos como «um dos mais importantes festivais de música independente do mundo», vai realizar-se pela segunda vez fora da sua cidade natal, Barcelona. O Porto, mais concretamente o Parque da Cidade, foi o destino escolhido.
Sendo a Optimus o main e naming sponsor, o evento adoptou em Portugal desde 2012 a designação de Optimus Primavera Sound. «O Optimus Primavera Sound é um festival diferente, e essa diferença é desde logo manifestamente visível no que diz respeito à presença das marcas no recinto: ou não aparecem de todo ou aparecem de forma muito discreta. E isso aplica-se também à Optimus, apesar de ser naming sponsor», explica à Marketeer Pedro Moreira da Silva, director de Comunicação e Activação de Marca Optimus. E acrescenta: «No nosso caso, por exemplo, pedimos aos Like Architets (um grupo de arquitectos com uma abordagem artística muito estimulante) para conceberem uma instalação que assinale a presença da marca no recinto.»
Mas há mais marcas associadas ao festival como a PicNic (organização), a Porto Lazer e a Câmara Municipal do Porto (parceiros iInstitucionais), a Super Bock, a Adidas e a Boundi (patrocinadores oficiais), a EDP (parceiro energético). Mas não só. ATP, Pitchfork, Serralves, Getafest, ISAG são os parceiros; Antena 3, SIC Noticias, Loud And Quiet, Intro, P3 são os media partners; o banco oficial é o Banco Espirito Santo; Cdmon é o official hosting; e o hotel oficial é o Sheraton.
A segunda edição do Optimus Primavera Sound decorrerá na Invicta de 30 de Maio a 1 de Junho e tem no seu cartaz confirmações como Blur, Dead Can Dance, James Blake, Nick Cave e My Bloody Valentine, entre muitos outros.
As estruturas do festival começaram a ser montadas no dia 15 de Maio e a organização de todo o festival vai contar com a colaboração de cerca de 1000 pessoas. No Parque da Cidade estarão montados quatro palcos: Palco Optimus, Palco Super Bock, Palco ATP e Palco Pitchfork.
Pedro Moreira da Silva, director de Comunicação e Activação de Marca Optimus, explicou à Marketeer os detalhes deste festival.
A música continua, ano após ano, a ser uma aposta da Optimus. Porquê?
Assumindo uma particular relevância nos grupos aos quais a Optimus se dirige primordialmente – os young adults (18-30) –, a música é, incontornavelmente, um dos elementos mais abrangentes da sociedade. Ocupa, por isso, um lugar central na vida e na mente das pessoas.
Em paralelo, enquanto instrumento cultural e enquanto fenómeno de grupos, a música revela-se particularmente aliciante para uma marca que quer fazer parte da vida dos seus clientes. A música faz parte da nossa vida, da vida deles e desempenha um papel muito importante de relação, comunicação e afirmação.
Quais os resultados para o negócio desta associação à música?
O nosso compromisso com a equipa de gestão da Optimus é deixar claro que ‘música é Optimus’ e que estamos por detrás das propostas de maior envergadura e mais arrojadas desta área.
Em todo o caso, não esquecemos que somos uma empresa com fins comerciais, e por isso, acreditamos que ao optar por uma aproximação emocional que nos permite transportar para a marca alguns dos atributos mais positivos que são indissociáveis da música, estamos, naturalmente, a potenciar as vendas no médio e longo prazo.
Assumindo estes pressupostos, temos razões para estarmos muito satisfeitos, e acreditamos mesmo que damos um contributo sério para o crescimento que se tem registado no negócio da Optimus.
Porque faz sentido a Optimus estar associada ao Optimus Primavera Sound em específico?
Com algum atrevimento e boa disposição, podemos dizer que a Optimus tem tudo a ver com o espírito deste festival e, por isso, só podíamos ser nós o naming sponsor.
Qualquer entendido em música sabe que se trata de um dos festivais mais míticos da Europa e do mundo e que, por esse motivo constitui uma peça estratégica no puzzle que construímos no apoio à música.
Esta ligação faz todo o sentido, sobretudo por dois motivos: por um lado porque a nossa estratégia de abordagem ao território da música pressupõe o patrocínio de um leque abrangente de acontecimentos relevantes e de qualidade e, por outro lado, porque não podíamos perder a oportunidade – rara – de podermos estar ligados à vinda para Portugal de um dos festivais mais carismáticos do mundo, um festival com um posicionamento único no que diz respeito à música indy.
Sendo naming sponsor do OPS, conseguimos assim um duplo objectivo: reforçamos e alargamos a nossa ligação à música, ao mesmo tempo que chegamos de forma especialmente impactante a um público muito especial, muito exigente, que tem uma forma muito especial de olhar a música e até de olhar para todo o formato dos festivais de música.
A que outros eventos, na área da música, se associa a Optimus ao longo do ano?
O nosso plano de patrocínios tem evoluído muito e tem acompanhado o negócio, o nosso posicionamento face à música e as tendências mais relevantes.
Com naturalidade, os festivais ocupam um lugar de destaque, com o ‘veterano’ Optimus Alive à cabeça e o Optimus Primavera Sound a ocupar já um lugar muito especial. Destaca-se ainda a editora Optimus Discos, a Optimus D’Bandada, o Optimus Clubbing e o Optimus Primavera Club.
Isto, sem esquecer nunca o contributo que, no momento certo, deram iniciativas como os Optimus Bailes Optimus, o Optimus Hype (que foi um mítico festival no Meco e um disruptivo conceito de divulgação da electrónica), ou os Concertos@Optimus, ou os Optimus Secret Shows.
Mas convém recordar que o apoio da Optimus à música é já uma responsabilidade histórica: olhando apenas para os festivais, basta recordar, por exemplo, que, enquanto patrocinador principal, demos um contributo determinante para a afirmação dos mais emblemáticos festivais nacionais (Vilar de Mouros, Paredes de Coura, Festival Sudoeste) e que promovemos o aparecimento de novos festivais (Optimus hype@meco e Optimus Alive).
Quais os resultados do OPS em 2012?
No primeiro ano do festival, o resultado superou as nossas expectativas. No total dos três dias do festival tivemos 75mil visitantes, com uma grande percentagem de festivaleiros estrangeiros (70%) com principal destaque para os ingleses, espanhóis, holandeses e alemães. Durante o festival tivemos 420 jornalistas acreditados dos quais 150 eram de meios internacionais. O impacto na cidade foi extremamente positivo com hotéis na cidade esgotados e um valor médio de 400€ gastos por pessoa durante os dias do festival.
Quais as expectativas para 2013?
Para 2013, esperamos continuar os excelentes resultados do ano passado com a presença de 25mil pessoas por dia. Este ano, esperamos equilibrar a percentagem de visitantes nacionais. Tendo em conta os bilhetes vendidos até ao momento, o número de visitantes internacionais será o mesmo embora o público nacional tenha aumentado.
Quando arrancou a comunicação e quais as fases delineadas?
Em rigor, a comunicação da edição 2013 começou quando anunciámos a edição de 2012 e deixámos logo no ar a ideia de que a escolha de uma cidade para além de Barcelona (sede do festival original) era algo para manter durante mais de um ano.
Por outro lado, o OPS conta com duas particularidades no que diz respeito a comunicação: total alinhamento com a estratégia de comunicação do festival de Barcelona e comunicação em bloco do cartaz, por oposição a uma divulgação parcial das bandas.
Em todo o caso, foi em Outubro de 2012 que anunciámos a primeira confirmação para este ano, os Blur.
Em termos de redes sociais, quais as prioridades para 2013?
Adoptando uma estratégia digital integrada, a nossa aposta passa por tirar partido das características das novas ferramentas – sobretudo a interactividade – para acrescentar valor ao festival. Para tornar o acesso à informação mais eficaz é também nossa missão criar plataformas que tornem a interacção com o festival mais interessante, mais dinâmica e mais acessível a todos.
Por esse motivo, além dos sites, lançámos uma aplicação para smartphones e criámos uma página no Facebook. A partir desta base, lançámos a aplicação Bed & Breakfast (para procura e oferta de alojamento particular) e desafiámos os fãs a criarem um guia colaborativo da cidade no Instagram. Estamos neste momento com um passatempo a decorrer onde os fãs do Facebook podem selecionar o seu TOP 10 do guia Instagram e ganhar passes para o Optimus Primavera Sound.
Quais os resultados da ferramenta B&B em 2012 e expetativas para 2013?
Esta aplicação tem como objectivo principal estabelecer a comunicação entre os residentes no Porto e os festivaleiros que necessitem de alojamento. É uma plataforma inovadora que, pelo segundo consecutivo desenvolvemos no sentido de envolver ainda mais quem visita o festival à cidade. Este ano, já temos 60 casas inscritas na plataforma e esperamos mobilizar o maior número de pessoas possível. Mais do que uma plataforma é um “OPORTOnidade” para viver a cidade em pleno.
Em que consiste a parceria com o P3 para a publicação de imagens do Instagram?
O P3, para além de ser um media partner, tem-se revelado um parceiro estratégico do festival. Contamos com a preciosa ajuda do P3 para a produção de conteúdos relevantes para os young adults numa linguagem dedicada a este target. Estão também envolvidos em diferentes vertentes do Optimus Primavera Sound como por exemplo a selecção e edição dos conteúdos do Guia Colaborativo da cidade do Porto que está entregue à equipa do P3.
Porque voltou a ser escolhido João Paulo Feliciano para fazer o desenho do recinto em Portugal?
Porque, como se costuma dizer, em equipa que ganha não se mexe! Com o trabalho do João Paulo garantimos um espaço pensado segundo uma lógica diferente, mais interessante e mais estimulante para quem nos visita. Este ano o João Paulo Feliciano foit também chamado para intervir em Barcelona, percebemos assim que se trata de um trabalho pertinente, sobretudo para um festival com estas características.
Como “conseguiram” que fosse escolhido também para Barcelona ?
O excelente trabalho desenvolvido no ano passado no Parque da Cidade chamou à atenção da organização do festival de Barcelona.
Como o promotor do festival de Barcelona integra a equipa do Optimus Primavera Sound, todas as acções são acompanhadas de perto pelo promotor do festival original. Sem surpresa, gostaram tanto do que viram e da forma como trabalhámos aqui que chamaram o João Paulo para trabalhar também em Barcelona.
E a escolha de André Cruz para desenhar a imagem, como foi feita? Houve algum tipo de concurso?
Nós acompanhamos de perto o trabalho do André, sobretudo o que ele faz na Casa da Música. O desafio foi lançado pelo promotor ao André e, quando se deu conta, ele estava também a fazer a imagem de Barcelona.
Quais as especificidades em termos de restauração que haverá de modo a dar a conhecer o Norte de Portugal?
Num festival que se quer diferente, a comida e a bebida também têm de primar pelo estilo. E tendo em conta a assumida proximidade entre o festival e a cidade, as opções acabaram por ser muito naturais. Bastou-nos olhar à volta e escolher as casas mais típicas da cidade do Porto. Teremos por isso os principais ícones gastronómicos da cidade:
- A Padaria Ribeiro com a sua tradição biscoiteira e de salgados;
- A Cufra com a típica francesinha;
- A Casa Guedes e as sandes de pernil secretamente confeccionadas;
- A Conga com as suas bifanas imperdíveis;
- A Quinta dos Fumeiros com as suas famosas tapas ;
- A Badalhoca – e as míticas sandes de presunto, vai estar no festival com um espaço exclusivo na Casa de Campo da Optimus;
- Nakité e o Essência, restaurantes especialistas em comida vegetariana.
Os vinhos terão também o seu espaço de divulgação à semelhança do ano passado. Mantêm-se as mesmas marcas?
- Quanto aos vinhos, teremos outra vez os pontos de ‘abastecimento’ dos Douro Boys, com vinho a copo:
- Quintas Vale D. Maria;
- Niepoort;
- Quinta do Vallado;
- Quinta do Vale Meão;
- Quinta do Crasto.
Texto de Maria João Lima