Lucros da Philips mais do que duplicam

A Royal Philips Electronics, maior fabricante mundial de lâmpadas, anunciou um resultado líquido de 169 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, que compara com os 74 milhões de euros arrecadados em igual período do ano passado. Na origem dos resultados estiveram sobretudo a boa performance nos mercados emergentes e os efeitos do plano de reestruturação da empresa.

O aumento dos lucros deve-se ainda ao facto de a empresa holandesa ter assinado em Abril passado um acordo de joint-venture com a TPV Technology Limited para o negócio de televisões, que no terceiro trimestre de 2011 deu prejuízos.

Entre Julho e Setembro, a Philips obteve um EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 562 milhões de euros, o que representa um aumento de 43% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com um comunicado divulgado no site da empresa. As vendas cresceram 5% para 6,13 mil milhões de euros.

A empresa explica que a crise financeira nos mercados maduros, sobretudo o europeu, afectaram principalmente as vendas nas áreas de Consumo e Estilo de Vida e Iluminação, ao passo que o negócio de Cuidados de Saúde teve um bom desempenho, com as vendas a crescerem 7%.

As receitas da Philips caíram 2% no mercado europeu em relação ao período homólogo, contrabalançadas por um aumento de 2% no mercado norte-americano. Já nos mercados emergentes, que representam 36% das receitas globais da empresa, as vendas subiram 10%.

Para mitigar os efeitos da crise na Europa, a empresa tem desde o ano passado em marcha um plano de reestruturação, denominado Accelerate!, que já a ajudou no trimestre passado a regressar aos lucros. O programa prevê medidas como o despedimento de 6700 trabalhadores da empresa à escala mundial, com o objectivo de poupar 1,1 mil milhões de euros até 2014. Até ao momento, a Philips já despediu 2690 colaboradores.

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