
Tribunal italiano revoga controlo judicial sobre a Armani e a Dior
O Tribunal de Milão revogou a administração judicial ordenada no 3 de abril de 2024 contra a empresa Giorgio Armani Operation Spa e em imposta em junho de 2024 contra a marca Dior da LVMH após as investigações que tinham sido abertas por facilitação de exploração de trabalhadores chineses empregados por fornecedores externos.
A revogação ocorreu, no caso da Armani, a pedido conjunto do procurador e da defesa, antes do prazo originalmente estabelecido de 12 meses, tendo em consideração “o caminho virtuoso tomado pela empresa em conformidade com as disposições emitidas pelo Tribunal”.
A Dior deixa também de estar sob este controlo, quatro meses antes do previsto, graças à “reação absolutamente positiva à medida aplicada” pelas instâncias judiciais. O Tribunal reconheceu à empresa “a colaboração efetiva com os órgãos do processo e as intervenções concretas e eficazes adotadas para a implementação do programa prescrito”, tanto que agora “considera importante destacar que estas não possuíam caráter estrutural”.
As investigações realizadas por magistrados italianos, especialmente pelo Ministério Público de Milão, no ano passado revelaram uma suposta exploração de trabalhadores na cadeia de fornecedores de moda e luxo. O Tribunal de Justiça de Milão propôs em junho um esquema nacional para empresas de luxo intensificarem as verificações sobre fornecedores para garantir que cumprem as leis laborais. Ainda assim, a participação será voluntária e limitada à Lombardia, o que não resolve inteiramente o problema