Miguel Salgueiro, Nextbitt: “Acreditamos que a IA tem um papel fundamental na transição para um futuro mais verde”

Na vanguarda da inovação tecnológica e da gestão sustentável, a Nextbitt tem vindo a afirmar-se como um player estratégico na digitalização de ativos físicos e na otimização da eficiência energética. Em 2025, a empresa celebra uma década de crescimento e consolidação no mercado, impulsionando a sustentabilidade através da inteligência artificial e da análise de dados e vai marcar presença na 7ª edição do Building The Future 2025, que começa hoje, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, e tem a Inteligência Artificial no centro do debate.

Nesta entrevista exclusiva, Miguel Salgueiro, fundador e Chief Business Officer da Nextbitt, partilha a visão da empresa sobre a descarbonização, a mobilidade elétrica e a gestão inteligente de recursos. Do cálculo da pegada de carbono em tempo real no Building The Future 2025 ao papel da IA na redução do impacto ambiental das empresas, esta conversa revela como a tecnologia pode ser um motor de transformação rumo a um futuro mais sustentável.

A Nextbitt vai calcular em tempo real a pegada de carbono do Building The Future 2025. Que impacto espera que esta iniciativa tenha na consciencialização para uma gestão mais sustentável dos eventos e das empresas em geral?

A sustentabilidade precisa de ser mais do que uma promessa – tem de ser mensurável e orientada para a ação. Ao calcular a pegada de carbono do Building The Future 2025 em tempo real, tal como fizemos em 2024, a Nextbitt pretende demonstrar que medir o impacto ambiental de um evento é um passo essencial para melhorá-lo. Esta iniciativa tem como objetivo sensibilizar empresas e organizadores para a importância da recolha e análise de dados concretos, permitindo-lhes tomar decisões mais informadas para reduzir a sua pegada de carbono. O nosso objetivo é que este cálculo seja não apenas um diagnóstico, mas um ponto de partida para ações concretas de mitigação e compensação, tornando os eventos e as operações empresariais mais sustentáveis.

No painel “Massificação da Mobilidade Elétrica e Descarbonização de Edifícios”, a Nextbitt estará representada para debater a transição energética. Do ponto de vista da empresa, quais são os principais desafios e oportunidades para as organizações que procuram reduzir a sua pegada ambiental?

A transição energética das empresas enfrenta desafios significativos, como a adaptação da infraestrutura existente, o investimento inicial e a complexidade da gestão de dados sobre consumos energéticos. No entanto, as oportunidades são imensas. A digitalização e a inteligência artificial permitem uma gestão mais eficiente dos recursos, otimizando consumos e reduzindo desperdícios.

Na Nextbitt ajudamos as organizações a centralizar a gestão dos seus ativos físicos, incluindo edifícios e frota elétrica, garantindo que tomam decisões informadas sobre eficiência energética e redução de emissões. A descarbonização dos edifícios exige uma abordagem integrada e tecnológica, e é aí que as nossas soluções fazem a diferença

A IA está no centro do debate desta edição do Building The Future. Como é que a Nextbitt tem integrado esta tecnologia nas suas soluções para apoiar as empresas na adoção de práticas mais sustentáveis e eficientes?

A inteligência artificial é um pilar estratégico para a Nextbitt. A nossa plataforma integra algoritmos avançados de IA e machine learning para otimizar a gestão de ativos e infraestruturas, reduzindo custos operacionais e impactos ambientais.

O Enterprise Asset Management da Nextbitt permite monitorizar equipamentos, prever falhas e recomendar ações de manutenção preventiva. Além disso, utilizamos IA para consolidar e analisar dados de consumo energético e pegada de carbono, permitindo às empresas identificar padrões, tomar decisões mais sustentáveis e antecipar desafios.

Acreditamos que a IA tem um papel fundamental na transição para um futuro mais verde, e estamos comprometidos em continuar a inovar nesta área.

A Nextbitt celebra 10 anos em 2025. Olhando para esta década de inovação, quais foram os momentos mais marcantes da empresa e quais os grandes objetivos para o futuro, especialmente no contexto da internacionalização?

Ao longo desta década, a Nextbitt consolidou-se como uma referência em gestão inteligente de ativos físicos e sustentabilidade. Entre os momentos mais marcantes destacam-se a conquista de grandes players tanto nacionais (BPI, EDP, CUF, CTT…) como internacionais (Vodafone, INDITEX, Auchan…), o termos recebido já por duas vezes o prémio de parceiro do ano da Microsoft (em Las Vegas e em Washington nos EUA), a expansão para o mercado espanhol, a integração de inteligência artificial na nossa plataforma e as parcerias estratégicas com grandes organizações.

Para o futuro, a internacionalização continua a ser uma prioridade, com um foco crescente em mercados europeus. Queremos reforçar a nossa posição como uma empresa que alia tecnologia e sustentabilidade, expandindo o impacto das nossas soluções para ajudar mais organizações a atingir os seus objetivos ambientais e operacionais.

O Sustainability Lounge será um dos espaços de destaque no evento. O que os visitantes podem esperar desta experiência e como a Nextbitt pretende demonstrar, na prática, o impacto das suas soluções?

O Sustainability Lounge será um espaço de experimentação e consciencialização, onde os visitantes poderão ver como a tecnologia pode impulsionar a sustentabilidade. A Nextbitt fará demonstrações em tempo-real dos nossos 3 produtos (EAM – Enterprise Asset Management, EMS – Energy Management System e EnvMS – Environmental Management System).

Através de dashboards dinâmicos e simulações em tempo real, os participantes poderão perceber como a digitalização e a inteligência artificial podem ser usadas para otimizar recursos, reduzir desperdícios e tornar as operações mais eficientes. Queremos que o público saia do evento com uma visão clara do impacto positivo que a tecnologia pode ter na sustentabilidade empresarial.

A gestão sustentável de ativos físicos está a tornar-se uma prioridade para muitas empresas, mas a sua implementação ainda enfrenta desafios. Na sua opinião, quais são os maiores entraves e como é que a Nextbitt pode ajudar a ultrapassá-los?

Os maiores desafios na gestão sustentável de ativos físicos passam pela falta de dados centralizados, dificuldade em medir impactos ambientais e resistência à mudança dentro das organizações. Muitas empresas ainda gerem os seus ativos com métodos fragmentados e sem métricas que lhes permitam tomar decisões informadas.

A Nextbitt resolve estes desafios através de uma plataforma integrada que centraliza a gestão de ativos físicos, fornecendo insights baseados em dados reais e permitindo uma monitorização em tempo real. Com uma visão holística e preditiva, conseguimos ajudar as organizações a reduzir custos, minimizar desperdícios e reduzir a sua pegada de carbono. E menos carbono, significa menos custos financeiros para as organizações.

Acreditamos que a sustentabilidade empresarial não é uma tendência, mas uma necessidade urgente, e estamos aqui para facilitar essa transição.