Lynx/Axe pede desculpa ao príncipe Harry

A Lynx, designação da marca Axe, da Unilever, nos mercados do Reino Unido, Irlanda e Austrália, não quis deixar de tirar partido do episódio recentemente protagonizado pelo príncipe Harry de Gales, em que o membro da família real britânica surgiu nu, em fotografias tiradas numa festa em Las Vegas.

Sabe-se que as imagens foram captadas na sequência de um festa onde o príncipe se encontrava com vários amigos… e amigas. Quem sabe se a culpa não terá sido do “Efeito Lynx(Axe)”?

“Sorry Harry, if it had anything to do with us” (Desculpa Harry, se teve alguma coisa a ver connosco) foi a mensagem humorística que a insígnia fez circular no jornal The Sun, pedindo desculpa ao príncipe pelo incidente em Las Vegas, que a marca acredita ter sido provocado pelo “Lynx Effect”.

O anúncio de imprensa, criado pela agência Bartle Bogle Hegarty, recorre à mesma tipografia dos posters do governo britânico, tornados famosos pela frase “Keep calm and carry on”, salienta o website Brand Republic.

A marca reforçou, desta forma, a sua estratégia de afirmar que a fragrância Lynx/Axe torna os homens irrestíveis para as mulheres.

Recorde-se que o príncipe Harry foi fotografado nu, em Las Vegas, durante um fim-de-semana privado com amigos. As imagens foram inicialmente divulgadas pelo site americano de celebridades TMZ, que afirmava que o monarca estava a jogar “strip billiards”, um jogo de bilhar em que as roupas vão sendo retiradas.

A imprensa britânica foi entretanto contactada pela Press Complaints Comission (PCC), em nome do Palácio de St. James, que recordava os editores de que as fotografias do príncipe Harry haviam sido tiradas em privado e que a sua publicação seria uma intromissão no direito de Harry de Gales à privacidade.

As imagens já estavam, no entanto, a circular pela internet, e no passado dia 24 o tablóide The Sun foi para as bancas com as fotografias a figurar na capa.

A publicação defendeu-se afirmando estar a actuar em prol do interesse público e que as fotografias geravam preocupação em torno da segurança do príncipe. Ao mesmo tempo, o The Sun trouxe à mesa o argumento da liberdade de imprensa.

Ainda assim, mais de 850 pessoas contactaram a PCC, como informou a BBC, protestando contra a decisão do The Sun de publicar as imagens.

A PCC confirmou que a maioria das reclamações se prendiam com a invasão de privacidade e garantiu que o assunto seria alvo de investigação.

 
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