MEO: Para um futuro verde e inclusivo

Com projectos sociais inclusivos e acções concretas, como a transição da frota para veículos híbridos, o MEO reforça o seu papel no combate às alterações climáticas e na criação de uma sociedade mais justa e consciente, onde pretende liderar a transformação digital para um futuro sustentável e inclusivo. Maurício Costa, director corporativo para a área de Projectos, Auditoria e Sustentabilidade do MEO, revela que a empresa tem promovido a redução de emissões, a economia circular e a igualdade de oportunidades, fazendo jus à assinatura da empresa, “Humaniza-te”.

De que forma o MEO tem vindo a ajustar as suas políticas de sustentabilidade e responsabilidade social para enfrentar os desafios actuais, como as mudanças climáticas?

A transição energética e digital tem sido um eixo central das tomadas de decisão do MEO. Em 2023, anunciámos um novo ciclo baseado em quatro grandes áreas de actuação – Pessoas, Tecnologia, Inovação e Sustentabilidade – e definimos uma missão clara: liderar a transformação tecnológica e digital através da inovação, potenciando uma sociedade mais humana e inclusiva. A liderança do mercado coloca-nos nesse lugar de especial responsabilidade social. E isso tem-se materializado de forma muito evidente nas medidas que temos adoptado e nos resultados obtidos.

Naturalmente, as acções mais prementes passam pela redução da pegada carbónica, substituindo a frota a diesel por frota híbrida, incrementando em 5% os veículos eléctricos dos nossos transportadores ou apostando num diversificado portefólio de soluções IoT – carregamento de veículos eléctricos, gestão de estacionamento, gestão e localização de activos, connected car e gestão de frotas.

O nosso compromisso traduz-se também na redução de 54% das nossas emissões âmbito 1 (directas) e 2 (indirectas), face a 2019, na produção de mais 22% de energia sustentável, face a 2022; na recolha de cerca de 1100 toneladas de equipamentos electrónicos; em 32% de mulheres em cargos de gestão e nos quase três milhões de euros actualmente investidos em projectos comunitários.

O MEO tem algum compromisso em atingir a neutralidade carbónica? Se sim, como estão a estruturar essa transição?

Em 2023, a empresa reforçou o seu compromisso de preservação do futuro do planeta e de combate às alterações climáticas. Estabelecemos metas de redução de emissões mais ambiciosas, que foram alinhadas, reconhecidas e aprovadas pela Science Based Initative Targets (SBTi).

Queremos reduzir as emissões de âmbito 1 e 2 em 70% até 2030, com base no desempenho de 2019. Além disso, queremos, também, reduzir as emissões de âmbito 3 – aquelas que dizem respeito à nossa cadeia de valor – por parte de 82% dos nossos fornecedores, até 2027.

Paralelamente, este é um caminho que temos cimentado através do objectivo de consumo de 100% da energia proveniente de fontes renováveis em Portugal Continental e da definição de uma estratégia de autoconsumo, por exemplo, instalando painéis fotovoltaicos. Acreditamos que a neutralidade carbónica passa também pelo recurso a equipamentos e soluções de arrefecimento e iluminação mais eficientes, e é isso que estamos a fazer, como também pelo envolvimento da nossa cadeia de valor nos objectivos que queremos atingir.

Que medidas estão a ser implementadas para reduzir o desperdício e incentivar a reutilização ou reciclagem?

A gestão de resíduos e a circularidade fazem parte do núcleo central das nossas políticas ambientais. O impacto ambiental da actividade do nosso sector não se esgota nas emissões directas e indirectas. É preciso garantir, e fazemo-lo através das nossas soluções e dos serviços que oferecemos, que toda a cadeia de valor – desde o nosso fornecedor ao nosso cliente – contribui para esta meta global.

Com os nossos fornecedores temos trabalhado no sentido de reduzir o uso de componentes de plástico e de papel nos produtos que colocamos no mercado, bem como no desenvolvimento de novos produtos cada vez mais ecológicos. Foi resultado deste empenho e do compromisso do MEO com a inovação ao serviço da sustentabilidade, que lançámos a primeira televisão sem box. Acreditamos que este é um contributo importante para a redução de equipamentos físicos, como papel, plástico e recursos naturais.

Relativamente aos clientes, adoptámos diversas medidas de incentivo à retoma de equipamentos usados e implementámos um projecto de recondicionamento de equipamentos eléctricos e electrónicos.

De que forma trabalham para comunicar aos consumidores as práticas sustentáveis do MEO?

Por um lado, transmitimos essa mensagem através dos nossos produtos e serviços que são desenhados para conduzir o consumidor ao menor desperdício e a um consumo com o menor impacto ambiental possível. Por outro lado, trazemos recorrentemente para as nossas acções de campanha matérias em que temos consciência que a nossa actuação pode fazer a diferença. Exemplo disso foi a adesão ao Movimento Unidos Contra o Desperdício.

Naturalmente, divulgamos também, no nosso relatório de sustentabilidade, as medidas implementadas e as melhorias em curso, as conquistas e as metas, os compromissos e os desafios.

A diversidade e inclusão fazem parte da vossa abordagem de responsabilidade social? Que programas ou iniciativas têm para promover esses valores dentro da empresa?

O MEO é uma marca com um longo caminho feito em matéria de responsabilidade social. Temos consciência do impacto da nossa actuação e isso levou-nos, ao longo dos anos, a apoiar e a alertar para causas tão urgentes como a violência doméstica, as desigualdades, a discriminação, o desperdício alimentar, entre outras. Queremos contribuir para uma sociedade mais justa, que caminhe na direcção da igualdade de oportunidades, e a assinatura do MEO “Humaniza-te” cumpre esse propósito.

Entre os projectos mais recentes que promovemos destacaria a campanha “Música com Sentido” e o projecto “Partilha Casa”. A “Música com Sentido” tem como objectivo garantir o acesso das pessoas com diferentes deficiências à música e de humanizar a experiência do espectáculo. O MEO é uma marca que está historicamente associada a alguns dos eventos de música mais icónicos do país e ilhas. Este ano quisemos ir além do nosso papel de patrocinador e, em festivais como o MEO Marés Vivas e o MEO Kalorama, desenhámos um plano inclusivo, vocacionado para pessoas surdas, com mobilidade condicionada e população neurodivergente. O nosso objectivo foi proporcionar a experiência de um festival de Verão a um grupo de pessoas através de salas de pausa e de tradução dos espectáculos em Língua Gestual Portuguesa.

O “Partilha Casa” foi uma iniciativa que abraçámos há um ano, como parte da nossa campanha de Natal. Estabelece uma ponte entre a população sénior, que está sozinha, e os jovens estudantes universitários que enfrentam dificuldades para encontrar alojamento num mercado que atravessa as dificuldades que todos conhecemos. É um projecto do qual nos orgulhamos, uma vez que promove o que de melhor há na sociedade – a comunhão, a solidariedade e o afecto.

Temos ainda o Programa MEO Inclui, que fomenta as boas práticas de inclusão também no universo digital, através da disponibilização de produtos, serviços e soluções tecnológicas direccionadas para pessoas com deficiência.

Pode partilhar algum exemplo recente de uma iniciativa de impacto social que tenha tido um efeito significativo nas comunidades locais?

O MEO tem desenvolvido um empenhado trabalho, junto das comunidades, para mitigar a exclusão que decorre em resultado da iliteracia digital. Temos realizado, quer junto da população mais idosa, quer junto dos mais jovens que vivem em condições mais desfavorecidas, acções de formação que dão a conhecer ferramentas digitais.

O programa “Eu Sou Digital” é disso um exemplo. Se tivermos em conta que muitos dos serviços da administração pública e até no sector da saúde já são hoje, em grande parte, de acesso digital, entendemos o alcance que este tipo de formação tem na população sénior.

Ainda na área da formação dos mais jovens, o MEO associou-se à Escola 42, e ao TUMO: uma escola de programação inovadora e um programa educativo que combina tecnologia com criatividade, ambos de acesso gratuito.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e responsabilidade social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 341) da Marketeer.

Artigos relacionados