Temu domina App Store: estratégias agressivas de preços e publicidade impulsionam sucesso, mas geram polémicas

A Temu, marketplace online da empresa chinesa PDD Holdings, ultrapassou o TikTok no ranking de downloads da App Store no ano passado e continua a liderar acima do Threads, da Meta, segundo dados divulgados pelo TechCrunch. Atualmente, é a aplicação gratuita mais descarregada nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha e outros grandes mercados, de acordo com os rankings da Apple.

A popularidade da Temu no Ocidente tem levantado uma questão crucial: como está a alcançar este sucesso meteórico? E a que custo?

Estratégias agressivas alimentam o crescimento

A aposta em preços extremamente competitivos e publicidade massiva tem sido o principal motor deste crescimento, relata a WARC. Em 2023, a empresa terá investido cerca de 2 mil milhões de dólares apenas em campanhas na Meta, enquanto o New York Times revelou que foram gastos 1,4 milhões de dólares em anúncios globais nos serviços do Google. Estima-se que esses investimentos representem 10% das receitas da Meta.

Contudo, esta estratégia tem um preço elevado. Segundo a WARC, a Temu perde cerca de 7 dólares por cada encomenda processada. Ainda assim, o modelo tem permitido à marca expandir rapidamente a sua base de clientes e fortalecer a presença nos mercados ocidentais.

Polémicas e acusações

A Temu já enfrentou críticas pela sua abordagem agressiva, especialmente nos EUA, onde investiu 15 milhões de dólares em promoções e cupões para estimular o download da aplicação. Além disso, foi investigada pelo Congresso dos EUA sob alegações de vender produtos fabricados com trabalho forçado na China.

Apesar das controvérsias, a marca mostra poucos sinais de abrandamento, mantendo a sua estratégia agressiva de crescimento. A pergunta que permanece é: valerá a pena este modelo a longo prazo?

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