Influencers, youtubers e tiktokers passam a ser obrigados a retificar informações falsas que publicam

Depois de a UNESCO ter analisado 500 criadores de conteúdo e concluído que 62% não confirma a veracidade daquilo que publica, o Governo espanhol decidiu tomar medidas. Em Conselho de Ministros, foi aprovado um projeto de lei que obriga influencers, youtubers, tiktokers ou qualquer pessoa que tenha mais de 100 mil seguidores numa rede social ou mais de 200 mil seguidores em duas ou mais, a retificar informações falsas que publicam.

Assim, estes utilizadores passam a ter obrigações semelhantes às dos meios de comunicação em relação à partilha de informação falsa. Em suma, terão que publicar retificações ou desmentidos, dar direito de resposta ao afetado, seja empresa ou pessoa, para que o visado possa dar a sua versão dos factos.

Mais, se tiver carregado informação de uma plataforma ou meio que tenham sido retificados, estes  utilizadores terão que denunciá-los.

Estas novas obrigações enquadram-se no Plano de Ação para a Democracia que o Governo espanhol anunciou em julho, através do qual, entre outras medidas, os meios de comunicação social serão obrigados a indicar quem os financia ou quem são os verdadeiros proprietários deles no âmbito da transparência.