Receitas de bilheteira dos espetáculos ao vivo batem recorde
Pelo segundo ano consecutivo, as receitas de bilheteira dos espetáculos ao vivo quebraram um novo recorde. Depois de, em 2022, terem gerado 147,3 milhões de euros de receita de bilheteira, o que representava o maior valor desde 1979, em 2023 esse mesmo valor disparou para 189,2 milhões de euros, que se traduz num aumento de 28,5%, segundo dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com a publicação “Estatísticas da Cultura” de 2023, realizaram-se nesse ano 42.792 sessões de espetáculos ao vivo (mais 3,4% do que em 2022), às quais assistiram 17,1 milhões de espectadores (+14,9%), e foram vendidos 7,3 milhões de bilhetes (+9,6%).
Também o cinema se destacou ao contabilizar 542,6 mil sessões (+6,4%) com 12,3 milhões de espectadores (+28,0%) e 72,9 milhões de euros de receitas de bilheteira (+31,7%).
Já no que diz respeito aos museus, o aumento em relação ao ano anterior manteve-se, embora com menor expressão. Registaram-se 18,1 milhões de visitantes (+14,7%), dos quais 8,6 milhões foram visitantes estrangeiros (+12,7%).
Em tendência contrária surgem os livros que, neste ano, foram editados menos 4,3% em relação a 2022, ou seja, 12.299 livros.
Quanto aos preços, diminuíram nos bens e serviços culturais 0,6% em relação a 2022, mas aumentaram no cinema, teatro e concertos (mais 10% em relação a 2022), livros (+4%) e jornais e outras publicações periódicas (+3,2%).
Nota ainda para as 75.370 empresas das atividades culturais e criativas, em atividade em 2022, que geraram “8,1 mil milhões de euros de volume de negócios, mais 21,5% do que em 2021” e para as importações de bens culturais que “superaram as exportações, registando-se um défice na balança comercial de 288,3 milhões de euros (com 518,0 milhões de euros de importações e 229,7 milhões de euros de exportações)”.
A publicação destaca ainda que em 2023, “o emprego cultural foi estimado em 201,0 mil pessoas, representado 4,0% do emprego total”, sendo que a “remuneração bruta mensal média por trabalhador nas atividades do setor cultural e criativo foi de 1.497 euros, mais 5,7% do que em 2022”.