Nokia corta preço do Lumia 900 para metade

Numa tentativa de acompanhar a concorrência de Apple e Samsung, a fabricante de telemóveis finlandesa Nokia anunciou hoje um corte de 50% do preço do smartphone Lumia 900 no mercado norte-americano, apenas três meses depois do seu lançamento.

O smartphone, que estava, desde Abril, a ser comercializado nos Estados Unidos por 99 dólares (cerca de 81 euros) nas lojas da operadora americana AT&T (que distribui o dispositivo em exclusivo naquele mercado), passa agora a estar disponível por 49,99 dólares (40 euros), mediante um contrato de dois anos com a AT&T, anunciou a Nokia, citada pelo The Wall Street Journal.

Segundo a mesma publicação, a redução do preço daquele que é o smartphone de referência da Nokia no mercado prende-se com a necessidade de a empresa reentrar rapidamente na luta com a Apple e a Samsung, que no início do ano ultrapassaram a fabricante finlandesa no que toca à venda de smartphones. A empresa prepara-se para divulgar, na próxima quinta-feira, os resultados do segundo trimestre do ano.

Ainda assim, a Nokia defende que a redução de preços é «uma estratégia normal que é colocada em prática no decurso do ciclo de vida da maioria dos telemóveis», afirma Doug Dawson, porta-voz da empresa, citado pelo The Wall Street Journal. «Permite a uma base mais alargada de consumidores adquirir este produto de referência por um custo mais acessível», reforça.

De acordo com o site Cnet, ao corte no preço do Lumia 900 não será também alheio o facto de o smartphone não vir a integrar o Windows 8, o próximo sistema operativo móvel da Microsoft, o que pode vir a a prejudicar ainda mais as vendas da marca, que no primeiro trimestre recuaram 24% face ao período homólogo. A gama Lumia inaugurou a parceria entre a Microsoft e a Nokia, que descontinuou o seu sistema operativo Symbian, pouco popular entre os consumidores.

Com o intuito de inverter o ciclo de perdas, Stephen Elop, CEO da Nokia, anunciou há cerca de um mês um plano de reestrurução da empresa que envolverá o despedimento de 10 mil funcionários (cerca de 25% da sua força laboral), para além do encerramento de algumas fábricas na Finalândia, Alemanha e Canadá. Com estas medidas, a Nokia estima poupar 1,6 mil milhões de euros.

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