Pop-up da IKEA abre amanhã no Colombo. Fomos conhecê-la e mostramos-lhe tudo

É já amanhã que a IKEA estreia em Portugal um novo formato de loja. Depois das lojas tradicionais e dos estúdios de planificação (existem 13 e chegarão aos 15 no final do ano), abrirá uma loja de pequena dimensão no Centro Comercial Colombo. Para já e até Março abre em formato de loja pop-up para fazer testes e afinar o conceito. Quanto ao futuro, segundo Laia Andreu, country manager da IKEA para Portugal, está em aberto a possibilidade de vir a testar em outras localizações em Lisboa ou em outras cidades. Tudo dependerá dos resultados.

A loja, que contará com 11 colaboradores, está situada no piso 0, num dos corredores de acesso à praça central, e permitirá adquirir no momento várias dezenas de produtos, especialmente acessórios e pequenos móveis. Inicialmente, será focada na gama de Sono, a grande prioridade da IKEA para este ano fiscal, mas a oferta de produtos disponíveis para compra será renovada frequentemente.

A chegada da IKEA ao Colombro fica também marcada pela abertura de mais um ponto de recolha móvel, disponível no parque de estacionamento, todos os dias da semana mediante marcação (2ª, 4ª e Sábado das 12:00 às 14:00; e 3ª, 5ª e 6ª das 17:00 às 19:00).

A nova loja está integrada na missão da IKEA que consiste na criação de um melhor dia-a-dia para a maioria das pessoas. E isso passa, explicou Cláudia Domingues, Country Communication Manager IKEA Portugal, por chegarem a cada vez mais pessoas e conseguirem oferecer a gama de produtos a cada vez mais pessoas. Um caminho que está assente em três pilares fundamentais da marca: preço – ter solução acessível para as necessidades com uma gama alargada; omnicanalidade – estar acessível às pessoas onde quer que elas precisem, quando elas precisem e da forma que precisam (lojas tradicionais, estúdios de planificação e o novo formato inaugurado no Colombo); e inclusão – responder de forma verdadeira para todos, enquanto empregador (pessoas diversas) e chegando a mais clientes através da experiência de compra (exemplo do apoio de venda de cozinhas a pessoas surdas).

Acompanhe a conversa com Laia Andreu, que desde o início deste mês assumiu o cargo de country manager da IKEA para Portugal, sucedendo a Helen Duphorn.

Quais os desafios que lhe foram traçados nesta nova fase?

Continuaremos com a acessibilidade e a inclusão porque é o nosso passado e é o nosso legado. E continua a ser muito importante para a sociedade em Portugal. Portanto este é um dos nossos principais desafios, continuar a avançar para manter o investimento em preços baixos e no tema da inclusão.

Mas também olhar em frente. Acho que a omnicanalidade é mais importante do que nunca. Continuaremos a corresponder e a superar as expectativas dos clientes neste ambiente onde existem concorrentes e serviços importantes. Para a IKEA é mais importante do que nunca ser relevante e corresponder e superar as expectativas dos clientes. É um dos grandes desafios. A forma como estamos a chegar aos clientes com novos formatos, a forma como nos estamos a aproximar com o online, com a aplicação, com o remoto, investindo para termos melhores serviços e disponibilidade. Um dos principais desafios está também ligado aos serviços. Sabemos que podemos ser melhores e no futuro vamos investir também nesta área. E depois há uma coisa importante, à medida que vamos avançando também, que é reforçar a nossa principal singularidade e a nossa força, que é a nossa expertise em decoração. Porque somos especialistas em viver a casa. E com isto, e focando-nos nas áreas da vida em casa das pessoas, podemos realmente melhorar a sua vida. E sabemos que neste ambiente agitado as pessoas apreciam muito o lar. É como se fosse o nosso santuário. O que é mais importante do que no IKEA podermos realmente ser melhores todos os dias a melhorar a vida das pessoas?

Portanto, este é um dos principais desafios: continuar com o passado e com a acessibilidade e inclusão. E apostar muito na omnicalidade e no mobiliário do lar, a nossa singularidade.

E qual é a sua singularidade? A que traz para Portugal agora que assume a função de country manager?

Acho que a experiência é muito importante, na hora de nos desenvolvermos como líderes. A minha experiência está muito relacionada com conhecer muito bem as operações, mas também ter trabalhado globalmente com as estratégias. Por isso, sou muito boa a responder às necessidades de muitas pessoas (colegas de trabalho e clientes) e também a conectar isso com as nossas estratégias a longo prazo. Estar mais próximo de muitas pessoas é um dos nossos principais pontos fortes e o que vou trazer de diferente. Por isso, diria que talvez tenha um nível especial de energia. Gosto de ser ousada. Gosto de ser corajosa. Mas não sem qualquer motivo. Acho que quando se é corajoso em coisas que são importantes para as pessoas, consegue-se criar um impacto positivo. E é essa a minha missão enquanto country manager: promover a mudança quando esta realmente acrescenta valor. E esse é, diria, o meu toque especial.

Era muito jovem quando assumiu muitas responsabilidades como Market manager em Barcelona (aos 26 anos). Está relacionado com a sua energia?

Penso que primeiro está relacionado com a IKEA como uma empresa que confia nos jovens talentos e que ousa ter um gestor de mercado responsável por uma loja. Claro que com treino anterior. Tem muito a ver com a marca e com quem somos enquanto marca. E claro com quem eu sou como pessoa. Sempre fui definida como muito rápida, adaptando-me às mudanças e aprendendo rapidamente. A velocidade vem comigo e acho que sou boa a compreender as necessidades das pessoas, a conectar-me com elas e a fazer as coisas acontecerem nos negócios.

Vamos concentrar-nos neste espaço que vão abrir amanhã. Porquê a escolha de abrir no Colombo?

Queremos muito estar onde for relevante para as pessoas e sabemos que o Colombo já tem muitos visitantes. Assim, quando se trata de conveniência, é fácil para quem vive em Lisboa encontrar a IKEA quando visita outras marcas e quando está no centro comercial. Portanto, esta é uma das principais razões pelas quais escolhemos o Colombo para sermos relevantes e convenientes para quem vive em Lisboa. Por outro lado, está bastante ligado à cidade. E no que diz respeito ao posicionamento da loja, também verificámos que foi uma boa oportunidade para nós. Neste contexto, foi conveniente para o cliente, mas também, claro, conveniente para nós. Fica mais ou menos a meio caminho entre as duas lojas de Lisboa, a de Alfragide e a de Loures. E é um centro comercial muito bom na zona de Lisboa.

Terão no estacionamento um ponto de recolha. Há armazenamento no Colombo ou esses produtos vêm de outro lugar?

Vêm de Loures.

E pretendem ter mais lojas como esta do Colombo?

A partir de agora estamos a testar e a tentar. Isso também faz parte de ser ágil. Antes de entrarmos na solução, vamos ver como resulta e ouvir o feedback dos clientes. Aqui vamos testar, experimentar e aprender. Então decidiremos [se teremos outras lojas].

O que vamos abrir com certeza são estúdios de planificação. Porque sabemos que está realmente a funcionar e as pessoas gostam.

A loja do Colombo estará a ser testada até Março. E depois?

Neste momento, o que sabemos é que encerramos em Março. Esse é o acordo. E depois, quando aprendermos e virmos se precisamos de evoluir, vamos procurar outra solução.

E pretendem experimentar também no Porto ou é só em Lisboa?

Para já, os planos são para Lisboa.

É possível que algumas pessoas conheçam a marca pela primeira vez no Colombo?

Diria que muito provavelmente em Lisboa muita gente tem um produto IKEA em casa. Se não tiver, pelo menos já lhe passou uma almôndega pelo estômago. Muita gente conhece a IKEA em Lisboa, por isso não creio que seja novidade. Esperamos que algumas pessoas que talvez tenham vindo para o País recentemente tenham agora a oportunidade de conhecer a marca.

O sortido de produtos na loja será sempre o mesmo ou haverá mudanças?

Vamos mudar. Será vital. A loja estará ligada com as nossas novidades, sazonalidade e com as diferentes necessidades.

Quais as principais diferenças que descobriu entre os espanhóis e os portugueses?

Digo sempre que acho que somos muito parecidos em muitas coisas. Talvez não irmãos, mas primos. Acho que somos pessoas muito próximas. Gostamos de família. Gostamos de comida. Gostamos de celebração. Acho que somos bastante optimistas e temos uma cultura muito calorosa. E essa é uma das coisas que me fez sentir em casa aqui em Portugal.

Diria que, nós, os espanhóis, somos um pouco menos polidos, de certa forma, somos um pouco mais barulhentos e mais aguerridos. Os portugueses são mais polidos no cumprimento das regras e da hierarquia. Também no trabalho é diferente e não estou a dizer que seja melhor ou pior. Seguindo as regras e sendo muito polidos, por vezes podemos perder a oportunidade de criar um pouco mais de disrupção.

Texto de Maria João Lima

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