Sabe quem são os grandes patrocinadores dos Jogos Olímpicos de 2024?

A poucos dias da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, que decorre a 26 de Julho, a empresa de consultoria criativa Darwin & Verne elaborou um relatório de análise das tendências em diferentes áreas. Segundo os dados, partilhados pela Marketing News, no que diz respeito aos patrocínios, as marcas mundiais contribuem com 30% das suas receitas para os Jogos Olímpicos, o que se traduz em cerca de 3 mil milhões de euros, com pacotes de apoio a partir de 183 milhões de euros.

Os fundos, de acordo com o Comité Olímpico Internacional (COI), são utilizados para apoiar os atletas e os programas desportivos. Existem 16 empresas consideradas de topo que assinaram contratos de marketing gigantescos com o COI para os próximos anos.

 

Em Paris, a Corona e a Deloitte, estreiam-se como patrocinadores de topo. Em comparação com Tóquio, a General Electric e a empresa química Dow Chemical saíram da lista. A McDonald’s, que patrocinou os Jogos de Londres e de Rio de Janeiro, não repetiu o feito em Tóquio e também está fora de Paris.

Além dos patrocinadores de topo, as marcas de apoio locais entram em jogo em cada evento olímpico – em Paris, estarão presentes empresas como a Carrefour, a LVMH e a Accor -, bem como os patrocinadores dos comités olímpicos nacionais.

O relatório sublinha que a novidade em Paris 2024 serão os patrocínios individuais: o COI autorizou as marcas a patrocinarem os seus próprios atletas e permitirá que os atletas lhes agradeçam o patrocínio em momentos de visibilidade. Por outras palavras, um atleta poderá agradecer perante as câmaras e nas suas redes sociais os seus apoios.

As marcas seleccionaram os seus atletas não só pela competitividade, mas também pela visibilidade nas redes sociais e pelo seu impacto em determinados alvos. É por isso que os patrocínios se concentraram nos perfis olímpicos com o maior número de seguidores no Instagram ou no TikTok.

História do patrocínio nos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos nem sempre foram patrocinados pela publicidade. Foi nos Jogos de Los Angeles, em 1984, que se deu o pontapé de saída para o actual modelo. À medida que as edições dos Jogos foram evoluindo, foram-se adaptando à sociedade, trazendo o sector empresarial para a equação e servindo de montra de produtos e serviços.

Cada patrocinador de topo obtém direitos exclusivos na sua categoria de produto ou serviço, o que lhe permite utilizar os símbolos olímpicos no seu marketing global. Os contratos são assinados por ciclos de quatro anos e abrangem os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão e de Inverno no mesmo período. Isto permite aos parceiros planear a longo prazo e maximizar a exposição e o retorno do investimento. Para aumentar as receitas e adaptar-se aos contextos locais, foram também introduzidos os patrocínios nacionais. Estes permitem às marcas locais patrocinar não só o evento em si, mas também estabelecer parcerias com atletas e equipas nacionais nos seus principais mercados.

O passo seguinte foi a passagem para os patrocínios individuais. Ou seja, acordos entre marcas e atletas olímpicos e paralímpicos individuais. Este formato permite que as marcas se liguem a perfis específicos a nível local e os associem aos seus valores e personalidade. É uma situação em que todos saem a ganhar, uma vez que tanto os atletas como os desportos minoritários podem receber financiamento e as marcas mais pequenas podem ter o seu momento de glória num palco global.

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