Centralização dos direitos televisivos do futebol português será «um game changer»

O secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, frisou hoje que o modelo de centralização dos direitos televisivos precisa de ser aprovado pela Autoridade da Concorrência (AdC) até 30 de Junho de 2026.

O governante, que falava no congresso “Future Stage”, organizado pelo Sporting de Braga e que decorre no seu pavilhão multiusos hoje e quinta-feira, lembrou que o modelo de centralização de comercialização dos direitos televisivos, «que vigorará a partir de 2028/29, carece de uma proposta da Liga e da Federação Portuguesa de Futebol [FPF] sujeita a aprovação da Autoridade da Concorrência até 30 de Junho de 2026».

O presidente da Liga de Clubes, Pedro Proença, frisou a importância dessa centralização dos direitos televisivos: «um game changer que impulsionará» as sociedades desportivas do futebol português e que fará com que «nada seja igual», permitindo «combater as discriminações» ainda existentes.

Na sessão de abertura do congresso falou também o presidente da FPF, Fernando Gomes, que considerou que «o futebol [português] precisa de acelerar o que fez na última década».

«Queremos ter mais atletas a praticar, somos cerca de 240 mil [futebolistas federados], dos quais à volta de 20 mil atletas femininos, e queremos ser 400 mil em 2030, com 75 mil mulheres», disse.

Fernando Gomes destacou ainda o crescimento do futebol nacional nas diversas vertentes.

«Crescemos como nunca em todo o país, ganhámos como nunca no futebol, futsal e futebol de praia. Formámos mais treinadores, mais árbitros e, sobretudo, mais dirigentes. Construímos e melhorámos infra-estruturas, sabendo que ainda há muito por fazer, criámos competições – somos hoje muito melhores. Em 2011, tínhamos 13 selecções nacionais, hoje temos 28. Organizávamos 23 provas nacionais, hoje 54», disse.

Já o anfitrião António Salvador elegeu a competitividade e sustentabilidade do futebol nacional, destacando que «só a presença na elite garante os recursos» necessários «para alimentar» o edifício desportivo, «reforçando a circularidade desta indústria e permitindo investimento na alta competição, nas modalidades e na formação».

Estádios do futuro, desporto feminino, a centralização dos direitos televisivos, o futuro das competições, bilhética e segurança ou a importância da formação no modelo do Sporting de Braga são alguns dos temas a serem discutidos no congresso.

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