Portugueses compram comida a mais e desperdiçam até 10% no Natal
Em Portugal, os consumidores desperdiçam até 10% de comida no Natal. A conclusão é de um estudo conduzido pela Too Good To Go, que revela também que seis em cada dez pessoas aumentam as suas compras durante as comemorações para garantir comida suficiente para os seus convidados no Natal. Adicionalmente, 39% dos inquiridos admite que, ocasionalmente, compra mais comida do que o necessário, variando conforme a ocasião e o número de convidados.
Os dados demonstram também que cerca de 45% dos participantes indica que os doces tradicionais de Natal são os alimentos que mais frequentemente sobram, seguidos por 38% que menciona doces em geral, como bolachas, chocolates e bolos.
Entre as razões apontadas para o desperdício durante o Natal, 30% dos inquiridos menciona a preparação excessiva de comida como causa para as sobras consideráveis. Além disso, 26% admite que o desperdício é resultado da compra exagerada, adquirindo mais comida do que realmente necessitam.
Assim, a plataforma afirma que há desafios a serem superados: 57% dos inquiridos sente falta de conselhos e truques de aproveitamento nas lojas, enquanto 33,7% aponta a falta de campanhas de sensibilização sobre o desperdício alimentar nos meios de comunicação e redes sociais. Quase 30% refere a falta de informações sobre desperdício nos websites onde fazem compras.
Este desperdício não significa apenas a perda de recursos alimentares, mas também afecta directamente os orçamentos familiares, resultando em despesas adicionais que poderiam ser evitadas. Neste sentido, mais de 67% dos inquiridos está preocupado com a influência da inflação. Este estudo demonstra que, durante esta época festiva, a média de orçamento gasto por pessoa ultrapassa os 275 euros.
Quase 7 em cada 10 portugueses planeiam reduzir gastos ou adoptar uma abordagem mais cautelosa em relação às suas aquisições. Com um olhar atento aos custos e uma consciência crescente sobre os impactos ambientais, 36% dos inquiridos pretende cortar nas compras de alimentos devido ao aumento dos preços e à inflação.