Hamburgueria do Bairro: Há dez anos a criar rotas de consumo

Até ao final do ano a Hamburgueria do Bairro contará com 12 espaços na Grande Lisboa, a que se junta uma van sempre que os eventos estão em linha com o posicionamento da marca. Mas os fundadores não se deixam deslumbrar pela escala alcançada, mantendo (sempre) o foco na qualidade e consistência do produto.

Texto de Maria João Lima

Foi em 2012 que nasceu a primeira Hamburgueria do Bairro. Hoje, a empresa familiar emprega mais de 150 pessoas, tem um parque de 11 restaurantes e uma van. O projecto arrancou quando muitos restaurantes estavam a fechar. Mas a Hamburgueria do Bairro viria a provar que em momentos de crise também há espaço para plantar sementes. E as sementes vingaram no fértil terreno que é a Grande Lisboa. «O nosso crescimento teve a ver com o facto de as coisas terem logo desde o início começado a funcionar bem.» Depois do Príncipe Real e de São Bento (em 2012), os bairros seguintes seriam Restelo, São Sebastião (2013), Parque das Nações, Estrada da Luz e Cascais (2014). Colinas do Cruzeiro, Carnaxide, Carcavelos e Almada foram as apostas seguintes que se mantêm de portas abertas e às quais se soma a van adquirida e transformada em 2015. A próxima a abrir (este ano) é na Estrada do Linhó, junto à Beloura. «Acho que em Portugal houve três grandes revoluções de hambúrgueres. A primeira quando o McDonald’s chegou. Depois o H3 conseguiu, no segmento dos hambúrgueres, ir para os shoppings reinventar a forma de servir, com carne de qualidade e outra gramagem. E depois nós, quando descobrimos que os bairros eram um caminho», comenta Pedro Serra Branco, que fundou o conceito com dois dos seus sete irmãos (hoje apenas Pedro e Diogo se mantêm na sociedade). E acrescenta: «Na Europa toda a gente vive a rua e nós, em Portugal, com as melhores temperaturas, não o fazíamos.» Além disso, o fundador acredita que foram felizes na escolha do nome já que deixa claro, de imediato, o que se vende e onde é que estão. «Atrás de nós vieram muitas réplicas e a descoberta da rua por outros grupos que começaram a olhá-la como alternativa. Por isso é que acho que fomos a terceira leva destas revoluções.»

Para ler o artigo na íntegra consulte a edição de Novembro de 2022 da revista Marketeer.

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