O triplo desafio do sector segurador: personalização, tecnologia e dados

O sector segurador em Portugal tem pela frente um triplo desafio. A convicção é da Keepler Data Tech¸ segundo a qual as empresas devem gerir o seu extenso volume de informação de clientes com foco na personalização, utilizar tecnologia que tenha impacto no negócio e promover o valor dos dados no seu ambiente. Tudo isto para tirar o melhor partido possível da crescente digitalização.

Iván Avilés, Business Development manager para a área dos seguros na Keepler Data Tech, acredita que «é uma questão de entender a digitalização como a chave para ser competitivo no sector». É necessário, acrescenta, «identificar primeiro a situação real da organização em termos de dados, de modo a definir um programa de modernização tecnológica e estabelecer um roadmap de acções-chave de alto impacto que permitam a implantação rápida de aplicações, assim como medir o seu sucesso na melhoria dos processos com os clientes».

O cliente no centro da relação

Um relatório recente da Mapfre Economics mostra que a activação/desactivação de apólices por conveniência está a tornar-se cada vez mais frequente, numa lógica pay-as-you-go, que resulta em apólices mais flexíveis e personalizadas.

Segundo a Keepler Data Tech, esta tendência apenas aumenta a procura da personalização de ofertas e serviços e as empresas B2C em geral, e o sector de seguros em particular, enfrentam o desafio de interagir com os seus clientes através de múltiplos canais digitais, cada um dos quais gera uma pegada no processo.

Tecnologia com impacto no negócio

O segundo desafio do sector segurador em Portugal prende-se com a necessidade adopção de tecnologias emergentes e com a melhoria da gestão de diferentes fontes de dados, apoiadas por projectos que melhoram, ao mesmo tempo, o tratamento dos clientes e a eficiência operacional da empresa.

«A inteligência artificial aplicada a este tipo de processos permite-nos reduzir significativamente o tempo gasto em certas tarefas de pouco valor para o empregado, mas de alto valor ou impacto para a empresa», comenta Iván Avilés.

A democratização e a cultura de dados

Por fim, a adequada governação e gestão dos dados na organização pode conduzir ao sucesso ou fracasso da estratégia data-driven. Para Moisés Dueñas, responsável da área de Data Management da Keepler Data Tech, «a governação e qualidade dos dados é mais do que apenas controlo, é ter confiança nos dados» e o objectivo do Data Management é «manter os dados organizados de uma forma prática, eficiente e facilmente consumível ou utilizável».

«A cultura de dados aplica-se a toda a organização e, portanto, os dados devem ser acessíveis a todos os utilizadores que possam beneficiar do seu consumo», acrescenta Moisés Dueñas. «Gerá-lo é o resultado de um processo adequado de construção de bases sólidas, baseadas na experiência e na concepção de uma estratégia à medida que responde a necessidades específicas.»

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