Adidas diz adeus a Kanye West. Marca afirma que não tolera o anti-semitismo
É oficial: a Adidas cortou relações com o artista norte-americano Ye, mais conhecido por Kanye West. O fim da parceria com quase uma década chega depois dos recentes comentário anti-semitas feitos pelo cantor nas redes sociais Instagram e Twitter.
“A Adidas não tolera o anti-semitismo ou qualquer tipo de discurso de ódio”, escreve a marca desportiva em comunicado. Como tal, vai, com efeito imediato, terminar a parceria com Ye, parar a produção de todos os produtos da marca Yeezy e suspender os pagamentos a Ye e às suas empresas. De acordo com a insígnia alemã, esta decisão terá um impacto negativo a curto prazo de até 250 milhões de euros no lucro da empresa este ano.
O fim da colaboração entre a Adidas e Ye chega depois de os internautas pedirem uma acção por parte da marca face ao que o artista escreveu nas suas páginas nas redes sociais. Um dos comentários referia que Ye levaria a cabo a “death com 3” juntos dos judeus, numa alusão ao sistema de defesa militar dos EUA, DEFCON, dividido em cinco patamares.
Além disso, a Liga Anti-Difamação veio a público salientar que a Adidas, tendo em conta o seu passado histórico, tem o dever de agir com prontidão e dar o exemplo na luta contra a discriminação e o discurso de ódio.
A Adidas foi criada na década de 1920 pelo alemão Adolf Dassle, conhecido entre os amigos como Adi. A junção desta alcunha com as três primeiras letras do seu apelido dava nome àquela que viria a ser uma das maiores marcas desportivas do Mundo. Contudo, antes de se tornar mainstream, a Adidas beneficiou e muito do regime Nazi na Alemanha, já que o seu fundador, assim como os dois irmãos destes se juntaram ao partido em 1933.