Vendas da P&G aumentam e o “culpado” pode ser o Marketing Digital
A Procter & Gamble apostou, nos últimos três meses de 2021, em publicidade digital para realçar a qualidade dos seus produtos e, como resultado, as vendas aumentaram – mesmo considerando que, neste período, os preços também subiram em território norte-americano. A multinacional refere que, embora os artigos estejam mais caros, não verificou alterações no comportamento dos consumidores.
O total de vendas líquidas da P&G chegou aos 21 mil milhões de dólares no último trimestre de 2021, aumentando 6% face ao trimestre anterior (ou lucrando mais 1,3 mil milhões de dólares). O lucro cresceu 9%, de 3,9 mil milhões de dólares para 4,2 mil milhões de dólares.
«Vamos continuar a aumentar a nossa presença no formato digital a nível mundial, à medida que optimizamos o nosso próprio algoritmo, de forma a fazer chegar a mensagem aos consumidores», afirma Andre Schulten, Chief Financial Officer da P&G, citado pelo site MarketingWeek.
Ainda que os números sejam promissores, o CEO da dona de marcas como Oral-B, Skip ou Pantene, Jon Moeller, salienta que os negócios nunca enfrentaram uma volatilidade tão grande como agora, devido à geopolítica mundial, às regulações, à saúde, à mão-de-obra e aos recursos de matéria-prima. Desta forma, os preços dos produtos vão “naturalmente” subir em dez categorias do portefólio da P&G, dos cuidados da pele aos detergentes.
«Esperamos que o preço tenha um grande contributo no crescimento das vendas na segunda metade do ano fiscal. Quando os produtos estiverem distribuídos já com o novo preçário vamos observar atentamente as tendências de consumo, mas, por enquanto, não registámos nenhuma mudança substancial», afirma Joe Schulten.